Capítulo 06: motivos.

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Alô, cheguei :)

Antes do capítulo, eu queria bater um papo com vocês sobre um assunto um pouco chato. Primeiro: não autorizo adaptações de qualquer espécie e/ou reprodução dessa história seja no wattpad ou outra plataforma. 

Além disso, quem me acompanha desde Innocent One sabe que ela foi escrita no formato fanfic (personagens principais e secundários vinculados a nomes famosos), a partir da segunda temporada, Wrong One, ela se tornou uma história ORIGINAL com personagens criados por mim. IO passará pela adaptação para o formato original em breve. NÃO ACEITO ADAPTAÇÕES PARA OS ANTIGOS PERSONAGENS E NÃO IREI RETORNAR COM OS NOMES VINCULADOS A PESSOAS FAMOSAS. Tenho meus motivos para isso e agradeceria muito se vocês pudessem compreendê-los. Se para você, minha história "perdeu a graça" pela troca de nomes, eu realmente sinto muito, mas é minha escolha como escritora. É muito triste saber que algumas pessoas se prendem a coisas como essas, e deixam de apreciar a verdadeira arte, que é a escrita.

Para quem não precisava ler isso, mil perdões pelo textão :/

Vamos lá, descubram Amber e seus motivos:


Amber Collins:

- Obrigada pela carona - Eu sorrio para Tayler, apertando os dedos contra a alça de minha bolsa que permanece em meu colo - Não precisava.

- Era o mínimo que eu podia fazer agora que somos amigos - Ele sorri de volta, balançando a cabeça em minha direção.

- Amigos - Repito, batendo os dedos contra minha coxa descoberta.

Tayler passa os dedos por entre os cabelos, prendendo um dos lábios entre os dentes extremamente brancos. Pelo contato da minha mão com minha perna, consigo sentir os arrepios que se espalham por mim em resposta àquela imagem.

- Só amigos? - Ele pisca, rindo em seguida.

Eu reviro os olhos, rindo também para acompanhá-lo. Percebo que, diferente do que sempre acontece quando estou ao seu lado, dessa vez não sei o que dizer. A música que toca no rádio me lembra da época em que tudo era mais simples, e na qual nós fomos irrevogavelmente felizes. "Prey" do The Neighbourhood envolve cada pedaço de ar ao nosso redor e, fora a melodia, o silêncio recai sobre o carro, sufocando nós dois como um punho invisível.

- Madison deve estar me procurando - Sorrio novamente, enquanto procuro a maçaneta do carro com os dedos trêmulos. Eu preciso respirar ar puro, preciso de um ambiente que não esteja cem por cento contaminado por Tayler Callahan e tudo que o envolve - Vou entrar.

- Certo - Ele suspira, parecendo procurar as palavras certas - Nos vemos por aí?

Balanço a cabeça em afirmação, saltando do carro antes que aquele momento possa se tornar, se possível, ainda mais constrangedor. Quando bato a porta, ele acena por uma última vez antes de arrancar com o carro do meio-fio, lançando o som de pneus contra o asfalto no ar. Imediatamente, o barulho me traz a lembrança de duas noites atrás, quando essa mesma cena se repetia com meu, agora ex-namorado, ao meu lado.

A ânsia de vômito me toma com uma rapidez inexplicável. É o que lembrar daquela noite me causa. Minha garganta queima assim como as lágrimas borbulham em meu estômago conforme eu subo os dois lances de escada até meu dormitório. Quando eu finalmente consigo abrir a porta, o soluço reprimido escapa de meus lábios levando junto a barreira que me impedia de chorar. Droga. Eu prometi para mim mesma que não me permitiria chorar. Não é essa a intenção disso tudo. Não é pra ser.

- O que aconteceu? - Eu me assusto quando é a voz de Julie que avança sobre mim e não a de Madison, pela qual eu esperava.

Ela segura em meus ombros, enquanto eu respiro fundo, me lembrando dos exercícios que aprendi com a minha terapeuta, na tentativa de cessar as lágrimas encorpadas que rolam sobre minhas bochechas.

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