Capítulo 3

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Na sua adolescência, Oikawa adorava vestir roupas consideradas femininas. E muito bullying e porrada levou por isso. Então, habituado a esconder a sua verdadeira identidade, nunca deu nas vistas e a sua alma é composta por inseguranças. Mas estar ali, vestido naquela peça de roupa requintada que lhe assentava na perfeição, Toru olha-se ao espelho com felicidade e orgulho, lembrando-se do quão longo o caminho foi para poder chegar aqui.

- Achas que ele vai gostar? - o Oikawa pergunta, desfilando pelos corredores da loja, recebendo olhares de homens que lá se encontram.
- Não te preocupes, vais definitivamente conquistá-lo.
- Conquistá-lo? Eu não o quero. Iwaizumi e eu somos só amigos.
- Podes continuar a repetir isso, ou simplesmente admitires que queres lamber as tatuagens dos seus abdominais.
- Cala a boca - Oikawa diz rindo e com as bochechas vermelhas.

Após comprarem uns sapatos pretos para combinarem com o vestido, roupa interior nova e um colar de prata novo, Akaashi e Toru finalmente dirigem-se à entrada, onde entram na limusine dirigida por Kunimi.

Quando chegam a casa, Iwaizumi recebe-os no porta, mostrando-se satisfeito pela eficiência da dupla.
- Oikawa, se subires as escadas, irás encontrar uma casa de banho à tua direita. Veste a tua roupa nova para vermos de é adequada. - Iwa sugere.
- O-ok - ele sabia que tinha de a vestir e mostrar algum dia, mas ainda não estava pronto para se expor.

Quando Oikawa desce as escadas vestido no deslumbrante vestido vermelho e caminhando perfeitamente nos seus saltos pretos, Hajime congela, colando os olhos no seu secretário.
- Gostas? - Oikawa pergunta após ter terminado de descer as escadas.
- Uhm, definitivamente não era o que estava à espera, mas adoro.
Oikawa cora com estas palavras, e vira costas para os dois morenos idênticos, que o observam enquanto sobe as escadas.

- Gostas tanto dele chefe. - Akaashi diz, num tom provocador.
- Não quero nada com ele. Para de criar fics Akaashi.
- Era capaz de acreditar em ti se não estivesses completamente corado.
- C-cala-te e vai trabalhar.
- Os teus pedidos são ordens.
- Não era um pedido, era uma ordem.

Logo que Akaashi sobe as escadas para ir ter com o resto da equipa, Oikawa desce.
Olha para Iwaizumi, à espera de receber ordens.
- Tens fome? - Hajime pergunta.
- Desculpa?
- Se tens fome. Estava a pensar em irmos almoçar os dois.
- Uhum, claro. Devo chamar o Kunimi? - Oikawa pergunta, imaginando que o motorista os irá levar a almoçar.
- Não. Eu conduzo.

Iwaizumi conduz Oikawa até à sua garagem particular. Logo que Hajime abre o portão, os olhos de Toru ganham brilho. Os carros perante os seus olhos são incríveis, uns clássicos outros da mais recente tecnologia. De um Ferrari vermelho a um mini-cooper amarelo. A garagem tem tudo.

Iwaizumi aproxima-se a um Porsche preto descapotável, com uma aparência clássica, abre a porta, e senta-se no banco do motorista.
- Anda! - ele diz a Oikawa, que ainda inspeciona a garagem com grande fascínio.
Oikawa senta-se no banco da frente, apertando o cinto de segurança.

Outro portão é aberto, abrindo a visão para um caminho que Oikawa desconhecia. Avista outro portão, similar ao da entrada principal, mas com apenas um segurança. Este portão abre-se, deixando Hajime e Oikawa passar. Encontram-se numa estrada plana, então Iwaizumi carrega no acelerador, fazendo o cabelo de Oikawa esvoaçar com o vento.

- Como te sentes? - o Iwa grita, de modo à sua voz penetrar o vento.
- É incrível! - o Oikawa grita também, levantando os braços no ar.
O Oikawa já teve muitos chefes. Uns que abusavam da voz, outros que abusavam do tacto. Mas Iwaizumi não é como outros chefes. E ao sentir o vento nos seus cabelos avelã, Toru percebe a sorte que teve por encontrar aquele homem misterioso no bar.

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