Capítulo 6

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Finalmente o dia aguardado chegou. Oikawa estava ancioso desde que desligou o telefone. Sabia que não se envolveria muito na conversa, mas era a primeira reunião dele.
- Está tudo pronto? - o Iwaizumi pergunta no hall de entrada, onde a equipa se encontra pronta para a viagem. Como vão passar lá a noite, todos carregam uma mala de viagem, e roupas mais causais do que o usual.

No caminho para o carro, o Akaashi caminha ao lado do Oikawa.
- Como está a correr entre ti e o Iwaizumi?
- Normal. É como se não tivessemos feito nada.
- Isso é bom ou mau? - o Akaashi pergunta.
- Bom? Não sei.
- Bem, prepara-te porque vais dividir um carro com ele durante quatro horas. Aposto que ele fez de propósito para ficarem juntos.
- Deus realmente tem os seus favoritos.

Cada carro ficou com uma dupla. Iwaizumi e Oikawa no primeiro, Bokuto e Akaashi em outro, Makki e Mattsun no terceiro, e Osamu e Atsumu, que partilham o último carro.
- Boa viagem - o Akaashi deseja com um sorriso, antes de entrar no carro com o Bokuto.

Oikawa entra no mesmo carro que Iwaizumi, sentando-se ambos nos bancos de trás, separados pelo banco do meio.
- Não consegues ficar sem mim quatro horinhas, Iwaizumi? - o Oikawa provoca.
- O que é que posso dizer? Ia ficar com saudades.
- Nem se quer me conheces.
Iwaizumi carrega no botão que sobe o acrílico que separa a parte da frente dos bancos de trás, dando assim privacidade aos dois morenos.
- Gosto de pensar que te conheço melhor do que a maior parte das pessoas.

"E não estás errado" pensa Oikawa.
- Isso é que é autoestima. - Toru profere, desviando o olhar para a paisagem exterior.
- Diz me que estou errado. - Hajime diz, sem tirar os olhos de Oikawa.
Oikawa permaneceu silencioso, fingindo observar as vistas que corriam pela janela.
- Se não te conheço então deixa-me conhecer-te. - o Hajime sugere.
- Para quê? Achas que por termos fodido uma vez, tenho de te contar a minha vida toda? Achas que depois de me dizeres que não significou nada e nem me dares oportunidade de dar o meu ponto de vista, me vou abrir como um livro para tu leres?

Iwaizumi estava estupefacto, e Toru olhava-o nos olhos com olhar de dominância.
- Significou algo para ti? - o Iwa pergunta, não obtendo resposta do Oikawa.
- Esquece o assunto. - o Oikawa diz, passando o braço no braço do Iwaizumi e apoiando a cabeça no seu ombro, e lentamente adormecendo.

No outro carro

- O que achas disto tudo do Iwa e do Oikawa? - o Akaashi diz, após desapertar o cinto de segurança e deitar-se no colo do Bokuto, que o segura firmemente com os seus braços musculados.
- Acho que ambos querem alguma coisa mas são demasiado pussys para admitir.
- Um bocado como nós no início - o Akaashi diz.
- Bem eu queria, e deixei bem claro. - o rapaz de cabelo platinado aponta, beijando a testa do namorado.
-Eu era tímido na altura. - Akaashi afirma, rendendo-se ao toque de Bokuto.
- E continuas. Menos na cama.
- Bokuto! - o Akaashi grita, batendo no peito dele na brincadeira.
- Finge que estou a mentir.

Osamu e Atsumu

- Porque é que toda a gente encontra alguém e eu não? - Atsumu aponta, após uma longa conversa sobre o quão bom casal fazem o Bokuto e o Akaashi, e como o Iwa e o Oikawa deviam foder e fazer as pazes.
- Esqueces-te que também estou solteiro. - o irmão relembra.
- Mas tu não tens metade da carência que eu tenho.
- Contra factos não há argumentos. Pensa só que só tens de ser paciente que essa pessoa vai chegar. Acredita no destino. Talvez o conheces hoje, ou talvez já o tenhas conhecido.

De volta ao primeiro carro

- Oikawa! Estamos quase a chegar.
Toru dá um salto, acordando e afastando-se de Iwaizumi.
- Quanto falta?
- Uns dez minutos. Já me vais dizer se significou algo para ti? - Hajime insiste.
- Não podes só largar o assunto?
- É uma perguntada simples. Só preciso que respondas: sim ou não?

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