Capítulo 11

921 97 157
                                    

- Y-yaku?
- Oikawa, babe, o que se passa? - o rapaz de cabelos castanhos pergunta, ao ouvir os soluços do outro lado da linha.
- É- Podes passar ao Kuroo?
- Sim, claro. Vou passar a chamada para a linha dele. As melhoras Oiks.

- Olá? - uma voz grossa soa do telemóvel.
- É o Oikawa.
- Oh, olá, tudo bem?
- E-estou no hospital. O Iwa foi baleado e está em coma.
- Quê? Tu já sabes de tudo? - Kuroo pergunta confuso.
- Já. Mas adiante, só te queria informar. Não sabem se vai acordar ou não.
- Eu- Obrigado por me informares. Depois entro em contacto contigo para o ir visitar. Fica forte, Oikawa.

- O que se passa? - Yaku pergunta, entrando no escritório de Kuroo.
- O Iwa foi baleado - o moreno diz num tom muito sério.
- O quê? A sério? Ele está bem?
- Está de coma no hospital. Começa a planear uma visita à Aoba Johsai com a equipa toda. Aposto que todos querem ver o Iwa. Ah, e podes chamar o Kenma?
- Não acho que ele te queira ver.
- Cala a puta da boca Yaku, e chama o Kenma.

- Chamaste? - o semi-loiro pergunta, entrando no escritório sem tirar os olhos do telemóvel.
- Sim, senta-te e fecha a porta.
Uma vez que o loiro se senta na cadeira à frente da secretária, o moreno começa a falar.
- Peço desculpa mais uma vez. E vou tentar explicar porque é que eu fiz isso.
- Já te disse que não quero ouvir.
- Gosto de ti Kenma. Sempre gostei. Suponho que quando bebo fico com coragem de te dizer a verdade.
- Isso não justifica o que fizeste. Já posso ir embora? - sem obter resposta, o menor levanta-se, caminhando para fora do escritório.
- Merda.

- Bom dia Iwa-chan. Sei que ainda não acordaste mas a enfermeira disse que fazia bem falar contigo, então é isso que vamos fazer. Ok, já tomei o pequeno almoço, e devo dizer que o refeitório do hospital não tem tanta variadade como a tua cozinha de rico, mas tinha pão de centeio, então não foi assim tão mau.

Tirando os sapatos e o casaco, Oikawa desinfeta as mãos e deita-se ao lado do seu Iwa-chan, no espaço que sobra na cama. Com cuidado devido à fragilidade do outro moreno, pousa suavemente a mão no seu peito.
- Toda a gente está preocupada contigo. Parecem todos uma família. Mais funcional que a minha. Só preciso que acordes. Abre os olhos e depois podes descansar. Prometo.

Mas o outro moreno não abre os olhos. Oikawa sente as lágrimas a cair, enquanto encosta a cabeça no peito de Hajime.
- Que injusto. Deus realmente tem os seus favoritos. Volta para mim Haji.

_______

A semana passou, e Iwaizumi ainda não acordou. Oikawa passou a semana toda no hospital, não querendo que Hajime acordasse sozinho, mas as suas esperanças foram em vão. Aconselhado por Akaashi, volta para casa este fim de semana.

- Alisa, vou embora agora. - Oikawa informa a enfermeira que esteve com Iwaizumi esta semana toda. - Não te esqueças: tens o meu número, o meu email, o meu instagram e o meu Snapchat.
- Se ele acordar manda mensagem - dizem em sintonia.
- Eu sei, não te preocupes, ele vai ficar bem. - a menina de cabelos platinados assegura.
- Adeus Alisa. Cuida bem do meu Iwa-cha.

- Voltei cabras! - é a primeira coisa que Oikawa diz ao entrar na mansão.

- 'Kawa! - Akaashi corre até ele, abraçando-o com força.
- Olá Kaashi - Oikawa diz baixinho, quase num murmuro enquanto o rapaz de cabelos pretos o aperta. Quando se afasta de Akaashi, o moreno repara no ruivo, arregalando os olhos e gritando:
- Hinata!
Quando o menor vê Oikawa, corre até ele, gritando também:
- Oikawa?!
Abraçam-se enquanto o resto permanece confuso. Kageyama aproxima-se, perguntando:
- Como é que se conhecem?

- Conhecemo-nos num bar gay quando eu estava a fazer Erasmus no Brasil! O meu deus, agora estás na máfia? - Oikawa declara, num tom mais agudo do que o usual. Vendo Kageyama agarrar a cintura de Hinata possessivamente, Oikawa exclama:
- Oh meu deus! Finalmente encontraste o teu Sugar Daddy!
Encolhendo-se no toque do moreno, Hinata diz envergonhado:
- Ele não é o meu Sugar Daddy.
Oikawa afasta-se e Kageyama sussurra no ouvido de Hinata, fazendo-o corar:
- Bar gay, uhum?
- Cala a boca.

Haikyuu na Máfia Onde histórias criam vida. Descubra agora