30.

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oi, oi. tô de volta, clã.
a partir de agora, faltam só 15 capítulos pro fim. ansiosos? eu estou muito.
fiquei um pouco desanimada de escrever por causa do feedback baixíssimo dos últimos dois capítulos :(
enfim, boa leitura!
•••

Esse era o primeiro dia do resto da minha vida. Não sabia o quanto estava preparada, ou se estava; Mas um fato é que estava disposta a viver isso da melhor maneira possível.

Sentei sobre a cama, sorrindo para o nada, sendo dispensada dos meus pensamentos quando Oliver adentrou o cômodo.

— Que cara é essa, Brie? 

— Nada, só estou... pensando. - cheguei para o lado, dando-lhe espaço para que se sentasse. — Já sentiu que a sua vida começou em um instante? Como se você não tivesse vivido nada comparado ao que ainda ia viver?

— É como se sente agora? - questionou, entrelaçando nossos dedos.

— Sim. - sorri. — Obrigada por...tudo. Não só por ser um bom amigo, e um namorado incrível. Mas...por nunca ter ido embora, mesmo quando eu estava praticamente te expulsando.

— Saí da sua vida por um tempo e odiei a experiência, não quero de novo. - o garoto tocou meu rosto carinhosamente. — Se lembra da música que os meus pais estavam cantando naquele dia?

Quando é para ser, te deixa louco. Quando é para ser, você esquece seu nome. Quando é para ser, é o destino chamado e você nunca mais será o mesmo. - cantarolei, encostando a testa na dele. — Vamos ficar bem, Ollie?

— Claro que vamos. - seu hálito quente e mentolado bateu contra meu rosto em um suspiro. — Ele não pode ferir você, Brie.

— Não significa que eu não saiba que uma guerra está começando, Oliver. Nenhum de nós está imune aos horrores que eles prometem a quem ousar se opor. - me afastei, encarando meus pés. — Se algo acontecer com você, ou com algum dos nossos amigos...

— Vamos todos ficar bem, ok? Eu prometo.

— Não deveria fazer promessas que não dependem de você para serem cumpridas. - atirei o corpo na cama, encarando o teto. — Tenho tanto medo de perder um de vocês. São as pessoas mais importantes da minha vida.

— O que me importa é que você fique bem. - seus dedos acariciaram meus cabelos carinhosamente. — Eu quero todas as coisas com você, do início ao fim.

— Até quando eu ficar velha e feia?

— As chances de você ficar feia são nulas, acredite. - gargalhou. — Vai ser um prazer estar lá para ver.

— Eu sei que não planejamos isso para agora, mas eu já tenho essa curiosidade a um tempo. - passei a língua entre os lábios. — Você quer ter filhos?

— Acho que nós podemos ter alguns. - sua resposta me fez abrir um sorriso. Ele disse "nós", não "eu". — E você, o que acha disso?

— Acho que eu adoraria juntar genes. - brinquei. — Porque falando sério, nossos filhos não tem nenhum chance de não serem bonitos.

— Fala sério, eles vão ser as crianças mais lindas de todo o mundo bruxo e o trouxa também.

— Faço de suas palavras, as minhas.

[•••]

Encarei a foto que eu havia tirado de Draco por alguns segundos, sorrindo lateralmente antes de colocá-la na caixa. Estava esvaziando meu quarto e levando minhas coisas para a casa nova, onde Wood me esperava para continuarmos a arrumação.

— Brietta?

olhei para a porta rapidamente, vendo Draco encostado no batente.

— O que faz aqui? Não devia estar na escola? - questionei, suspirando.

— Hoje é dia trinta e um, Brietta. O que eu estaria fazendo na escola um dia antes?

— Não, hoje é... - aponto pro calendário. — Dia trinta e um.

— Você queria esperar que eu não estivesse aqui para ir embora?

— Não queria ter que me despedir de você. - suspiro. — Não quer mesmo vir comigo?

— Sabe que não dá.

— Me ajuda, então? - apontei para as caixas vazias. — Tenho muito o que empacotar.

Ele não respondeu, apenas se aproximou e começou a colocar os objetos que estavam sobre a cama, nas caixas.

— Por que vai levar essa foto? - ele apontou para a foto dele.

— Porque você é meu irmão. - sorri lateralmente. Peguei um lenço. — Lembra disso?

— Lembro. Foi da viagem para Amsterdam, você demorou meia hora para escolher e pegou essa coisa feia que nunca usou.

— Você escolheu, não eu. - ri. — Não se lembra disso? Eu pedi para você escolher.

— Eu tenho certeza absoluta de que não foi assim que aconteceu. - ele pegou o lenço da minha mão e jogou dentro da caixa. — Para de ser irritante!

Não contive a gargalhada, continuando a empacotar minhas coisas.

— Vai me visitar? - o encarei, agora já séria.

— Sei lá. - Draco balançou os ombros. — Como é a sua casa?

— É uma casa. - sentei na cama. — Espero que se torne um lar.

— Como esse lugar nunca foi?

— Sabe que sim. - me levantei e tirei o quadro de fotos da parede, tirando tudo e guardando na mesma caixa onde estava colocando todas. — Não queria te deixar aqui, sozinho.

— Eu sei me virar.

— Não sabe não. - o puxei para um abraço, apertando os braços em seu corpo. — Por favor, pare de ser um idiota. Teria tantos amigos se não fosse tão...Malfoy.

— Nem todo mundo é tão bonzinho como você.

— Eu tenho defeitos como qualquer pessoa, a diferença é que eu prefiro ser gentil com todos, não só com aqueles que tem algo a me oferecer.

— Você é ingênua. - se soltou do abraço e voltou a colocar as coisas na caixa. — Poderia ter mais poder, mais...

— Família é poder, Draco. - o interrompi. — E a minha família, são os meus amigos.

•••
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𝗽𝗲𝗿𝗳𝗲𝗰𝘁, oliver wood.Onde histórias criam vida. Descubra agora