37.

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mais uma narração do oliver, tô nervosa. eueudidifididufidudhdjdjfj desculpa tchau.
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oliver wood's point of view.
três anos depois.

Olhos grandes, azuis e brilhantes. Lábios rosados. Bochechas coradas. Longos e sedosos cabelos loiros. Pele tão branca quanto a neve que caía incessantemente lá fora. Detalhes, tantos detalhes que precisavam permanecer em minha mente até o fim dos meus dias. Era assim que eu a via, como uma memória que seria eterna. Talvez não fosse capaz de dizer ou demonstrar o quanto preciso dela, mas sinto como se ela soubesse tudo que se passa no meu coração.

— Você me olha engraçado, sabia? - seus dedos delicados deslizavam sutilmente pelos fios ralos da barba em meu maxilar.

Odiava me sentir fraco o suficiente para admitir que cada mísero toque dela era capaz de me derrubar mil vezes.

— O que quer dizer?

— Eu não sei, só percebi. Você me ama mesmo? - seu questionamento me fez revirar os olhos. Poderia ser mais óbvio? — Estou falando sério, Oliver.

— Como eu poderia não amar? - entrelacei os dedos em seus fios loiros, sorrindo. — Você é a única pessoa que tem meu coração por completo, Malfoy.

— Gosto quando me chama pelo sobrenome, é excitante. - a mudança repentina de tópico era uma das consequências de se conversar com ela. Alguns dos nossos amigos achavam isso um pouco irritante. Eu? considerava uma das coisas mais adoráveis do mundo.

— Não vejo a hora de te chamar pelo meu sobrenome, então. - o sorriso no rosto da minha garota me fez concluir que ela havia gostado dessa sentença.

Era uma verdade que alguns assuntos me faziam mais falante que o normal, na verdade, apenas o quadribol e a Brietta possuíam essa capacidade. Poderia falar das duas coisas pelo resto da vida.

Mas, naquele momento, não sabia bem quais palavras usar. Sabia que, em algum momento, entraríamos em um assunto que me levaria a promessas que eu não sei se posso cumprir. A promessa de que todos ficaríamos bem. Queria ser dono desse fato, mas não sou.

Afim de evitar isso, empurrei levemente a cabeça da loira, o suficiente para que nossos lábios ficassem colados um ao outro. A movimentação das nossas línguas causavam arrepios por toda a minha espinha. Essa mulher não precisava de nenhuma magia. Na verdade, ela parecia a personificação de tudo que há de mais atraente no planeta. Meus braços rodeavam seu quadril como se por um descuido, ela fosse escapar de mim. Mesmo que soubesse que ela não iria. Uma das poucas certezas da minha vida é que o nosso amor é real, forte e crescia a cada dia.

— Está tentando calar a minha boca? - questionava com os lábios ainda juntos aos meus. — Está funcionando.

— Jamais faria isso, meu amor. - não escondi o sorriso. — Eu ouviria você pra sempre. É música para os meus ouvidos.

— Eu sei que sim. - ela se sentou, agarrando minha mão e depositando castos beijos nas pontas dos meus dedos. — Oliver?

— Diz. - respondi, mantendo os olhos fixos em nossas mãos.

— O que você diria se eu dissesse que estou grávida?

Essas palavras me fizeram erguer o olhar mais rapidamente do que a ciência poderia comprovar um dia.

— Como assim? Por que tá me perguntando isso? Você está grávida? - a ansiedade em minha voz era quase impossível de esconder.

Ela não respondeu, apenas colocou a minha mão sobre a própria barriga, me encarando de um jeito que respondia qualquer pergunta.

— Merlin... - me sentei rapidamente. — Isso é... é sério? Brietta, pelo amor de tudo que há de mais sagrado no mundo, você não está brincando comigo? porque não é...

— Tenho cara de idiota? Por que brincaria com algo tão sério?

— Eu... Nós... - não me considerava um homem muito sensível. Tá, talvez fosse, já que as lágrimas não tardaram muito a escorrer pelas minhas bochechas. — Meu amor, isso é... é loucura, com certeza, mas, Merlin, eu nem sei explicar o que eu estou sentindo.

— Quis te contar antes de qualquer pessoa. - ela sorriu levemente. — Sei que não é o melhor cenário, mas...

— O quê? - a interrompi. — Realmente não é o ideal, mas não estou menos feliz por isso. Eu só sei da existência desse bebê a menos de um minuto e seria capaz de mover a Europa de lugar por ele.

Meus dedos acariciavam sua barriga instintivamente enquanto meu cérebro trabalhava a mil por hora tentando assimilar tudo o que estava acontecendo. Queria passar o máximo de tranquilidade possível para ela, escondendo qualquer vestígio de medo ou preocupação. Naquele momento, só queria deixá-la feliz e confortável.

— Pensa mesmo assim? Eu fiquei com medo, pensei que você fosse achar isso ruim, mas... Sabe como as coisas estão, é perigoso para nós, para o bebê... Não quero que corramos perigo.

— Sabemos nos proteger. - a abracei apertado, inalando bem o cheiro de flores que seu cabelo exalava. — Ainda não consigo acreditar nisso. Desde quando você sabe?

— A alguns dias, na verdade. Enquanto você estava no treino na semana passada, eu me senti mal e procurei a Tatia. A mãe dela é trouxa, e por acaso, médica. Eles são tipo os curandeiros dos trouxas. De toda forma, a Tatia me levou ao hospital e tivemos certeza depois de alguns exames. Quis te contar na hora mas tive medo, sinto muito.

— Tudo bem. - segurei suas mãos, cobrindo-as com beijos. — O meu amor não é frágil.

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desculpa o skiptime absurdo, é necessário :))))))
🤍

𝗽𝗲𝗿𝗳𝗲𝗰𝘁, oliver wood.Onde histórias criam vida. Descubra agora