𝗽𝗲𝗿𝗳𝗲𝗰𝘁, oliver wood.

27.

— Que música bonita! - comentei enquanto descia as escadas.

— Você toca? - senhor Wood se virou, apontando para o piano.

— Mais ou menos. - me sentei ao lado dele e passei os dedos pelas teclas de marfim.

— Vamos, acompanha. - ele dedilhou as teclas no ritmo de uma música famosa. Eu, o acompanhei com um sorriso no rosto.

Oliver e sua mãe dançavam juntos e todos riamos sem motivo. Então era essa a sensação de se sentir feliz em família?

A música terminou após alguns minutos e senhor Wood se levantou, recuperando o fôlego.

— Vamos jantar, aposto que estão famintos. - senhora Wood sugeriu, andando para a cozinha. A seguimos, sentando a mesa e logo uma enorme travessa de torta de frango estava no centro. O cheiro da comida caseira era fantástico e acolhedor.

— Que cheiro incrível. - elogiei. — Obrigado novamente pelo convite, estou muito feliz.

— Nós é que agradecemos por ter aceitado. - senti a mão de Oliver tocar a minha por baixo da mesa, então entrelacei nossos dedos. — Desculpe por não poder te dar tudo o que eu acho que você merece, Brie.

— Eu tenho mais do que o suficiente. - sorri. — Você me ama, é tudo o que importa para mim.

— Faço das suas palavras, as minhas. - ele apertou minha mão. — Vamos comer!

Senhor Wood serviu nossos pratos e em questão de segundos, estávamos atacando a comida. A torta era deliciosa, bem como o cheiro denunciava. Comemos rapidamente e em silêncio, acho que estávamos mesmo com fome.

— Brietta, Oliver nos contou que você vai tentar entrar para os Aurores. Espero que consiga, é realmente muito difícil. - o pai de Oliver comentou, sorrindo. — Me lembro de quando entrei, estava tão nervoso que poderia explodir.

— Talvez eu faça, ainda não tenho muita certeza do que vou fazer. Espero conseguir sair da casa dos meus pais antes de ser obrigada a me alistar para auror.

— Sentimos muito que você precise passar por isso, querida. Oliver nos disse tantas vezes o quanto você é uma garota gentil e inteligente; Não merece ser obrigada a fazer algo que não gosta. - senhora Wood soava compreensiva e amigável.

—  Por mais incrível que eu considere os aurores, me acho incapaz de ser completamente leal ao ministério. - disse, simplista. — Pelo rumo que as coisas estão seguindo, creio que em breve estaremos em guerra e eu não acredito que as decisões do ministro me agradariam. Ele gosta de fingir que nada está acontecendo.

— Fudge não é brilhante, não mesmo. Estou preocupado com o destino do mundo mágico e ele só sabe usar sua influência no profeta diário para falar de Sirius Black.

— Temos coisas mais perigosas para lidar do que o meu padrinho inocente.

— Seu padrinho? Sirius Black é seu padrinho? - o Wood mais velho parecia chocado com esta informação.

— É, passávamos muito tempo juntos antes de ele ser preso injustamente pela morte dos Potter's, Pettigrew e os doze trouxas naquela noite.

— Pode explicar melhor essa história? - seu interesse no assunto era claro.

— Bom, em um dia, Dumbledore foi até a casa dele, alegando precisar de uma conversa particular. Sirius me trancou no quarto e pediu para que não saísse até que ele viesse me buscar, porque era assunto confidencial. Obediência não era meu ponto forte, então eu saí e escutei a conversa. Acontece que todos pensavam que meu padrinho era o guardião do segredo da localização dos Potter's, mas não era. Fizeram uma troca, por ideia dele, porque achou que seria previsível demais para os comensais; Então, o segredo foi confiado a Pettigrew, que entregou a localização deles, além de ter explodido os trouxas e arrancado o próprio dedo para que pensassem que estava morto.