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dando momentos felizes pra brietta antes de destruir a vida dela, check.
esse capítulo entrou pra lista dos meus favoritos, sem dúvidas.
—✶❦✷—

Eu sempre soube que esse dia chegaria, mas imaginava que estaria mais animada e menos preocupada do que realmente estou. A tão sonhada maioridade finalmente havia batido a minha porta e eu estava com medo, mas não tinha para onde correr.

— Feliz aniversário, meu amor. - minha mãe adentrou a biblioteca e se aproximou, sorrindo e estendendo uma caixa mediana, embrulhada em um papel lilás. — O que está fazendo aqui? são sete da manhã e é seu aniversário.

— Obrigado, mãe. - sorri levemente, pegando a caixa e abrindo o embrulho sem pressa. — Gosto de ficar aqui, me acalma.

— Tudo bem. Espero que goste do presente, estamos te esperando para o café da manhã. - a mulher sorriu e em seguida, saiu da biblioteca.

Terminei de abrir o presente, sorrindo animada ao ver do que se tratava. A câmera tinha um tom de verde água, além de alguns detalhes em amarelo e rosa, realmente linda. E aparentemente, já estava recarregada com papel e pronta para tirar fotos. Levantei do sofá rapidamente, correndo para a sala de jantar.

— Draco! - chamei pelo meu irmão, que me olhou, com sua típica cara mal humorada de todas as manhãs. Sem lhe dar muita chance, capturei uma foto do loiro, observando o papel sair pela parte da frente. O peguei, sacudindo até finalmente ver a imagem do meu irmão. — Ficou muito boa, acho que esse ângulo valoriza sua beleza.

Guardei a foto no bolso do pijama e olhei para meus pais.

— Vejo que gostou. - mamãe apontou para meu rosto. — Parece feliz.

— Eu estou. Obrigado por isso, pensei que tivessem esquecido o que eu queria de aniversário. - me sentei na minha cadeira habitual, servindo chá na xícara.

— Como poderíamos esquecer? Você fez questão de deixar revistas com fotos da câmera pela casa toda. - meu pai disse, menos ranzinza do que o normal. — Feliz aniversário, Brietta.

— Obrigada, pai. - umedeci os lábios. — Vocês vão sair hoje?

— Seu pai vai trabalhar e eu prometi ao Draco que o levaria até o beco diagonal para ver uma vassoura nova. - Narcissa explicou, terminando sua torrada. — Mas, você tem um lugar para ir hoje. Oliver veio até aqui mais cedo, deixou um presente e pediu para que você estivesse pronta às seis. Deixei o pacote na sua mesa.

— Mesmo? Por que não disse antes? - levantei em um pulo.

Sem me despedir, corri para o andar de cima e abri a porta do meu quarto com tudo, olhando para a mesa, onde havia uma caixinha, acompanhada de um bilhete. Primeiro, abri o manuscrito, reconhecendo a letra de Wood instantaneamente.

"Brietta,
Acho que já sabe o quanto me sinto bobo escrevendo essas coisas, mas lá vai. Feliz aniversário, espero que agora que alcançou sua maioridade, seus horizontes possam se expandir, e que eu tenha a oportunidade de estar ao seu lado quando isso acontecer. Você merece toda a felicidade que o mundo pode lhe proporcionar, porque você nem mesmo teria como perceber o bem que você faz ao mundo, e a mim. Sempre que penso em você, eu me sinto melhor, mais feliz e capaz. É como se sua imagem, linda e radiante, me desse vontade de viver. Torço para que use este presente, já havia passado da hora.
Com amor, Oliver Wood."

O sorriso estampado no meu rosto era difícil de esconder. Nunca iria entender o poder que Ollie tinha em me deixar feliz com palavras simples. Virei o bilhete, vendo que havia mais alguma coisa escrita.

"P.s: se arrume e esteja pronta as seis! Não que eu ache que você precise, mas é uma ocasião especial."

Dei risada, negando com a cabeça e então abrindo a caixinha, vendo que se tratava de dois anéis. Ambos eram prateados, porém, um deles era liso e o outro, torcido e acompanhado por uma pedrinha azul. Tirei os dois do encaixe de veludo, observando-os mais de perto. O liso, possuía uma data gravada em seu interior; onze de outubro de mil novecentos e noventa e um. Me lembrava perfeitamente deste dia, nosso primeiro beijo. Foi a alguns anos, mas realmente parece um século.

Coloquei os dois anéis no mesmo dedo, supondo que ambos deveriam ficar juntos. Prendi o bilhete no meu quadro de lembranças na parede, onde haviam fotos, cartões postais e outras coisas importantes para mim.

Meu dia estava sendo estranhamente feliz, o que era uma novidade para mim nesta casa. Mas, não ousaria pensar em reclamar; estava radiante. Peguei minha câmera e apontei para mim mesma, sorrindo antes de apertar o botão. Em alguns segundos, o papel saiu e eu o sacudi até revelar a foto. Esta, que também foi colocada no quadro. Queria lembrar para sempre do meu aniversário de dezessete anos e do quanto estava feliz quando esta foto foi tirada. Adorava as coisas trouxas, eram tão tecnológicas e legais, ouso dizer que as fotos da Polaroid eram mais legais do que as que se mexiam.


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𝗽𝗲𝗿𝗳𝗲𝗰𝘁, oliver wood.Onde histórias criam vida. Descubra agora