Pov Gizelly
Desde o dia que fomos à praia eu não vi mais a Rafaella, hoje já faz uma semana.
Ela teve prova na faculdade todos os dias, então ocupou seu tempo que sobrava pra garrar nos livros.
---Rafaella foi cedinho pra casa da Manoela, iam preparar um almoço, até me convidaram, porém não dava pra ir, precisei vir cedinho pra fazenda, minha égua que se chama Pantera ficou doente, ela é meu xodozinho, se eu pudesse levava ela pro Rio de Janeiro.
Depois de ter dado bastante carinho pros meus avós, fui até o estábulo, um funcionário da fazenda me passou o diagnóstico da Pantera, ontem o veterinário passou por aqui e disse que ela teria poucos meses de vida, fiquei chateada, afinal desde pequena que tenho ela, passei a mão pelo seus pêlos enquanto uma lágrima descia pelo meu rosto.
Entrei na casa e fui pra sala onde meu avô lia um jornal sentado na poltrona, sentei do lado da minha avó que bebia uma xícara de café aguardando o almoço ficar pronto.
- Porque não trouxe sua namorada minha filha
- Nem chamei vovó, volto hoje mesmo pro Rio, da próxima vou trazer ela pra vocês conhecê-la
- Ela tá te fazendo bem querida?
- Muito vó, você vai amar ela, tem que ver como ela é linda
- Pois então trate de trazer ela o mais rápido possível, tenho que conhecer minha mais nova neta
Abri um sorisso e beijei sua testa, eu sou tão grata pelos avós que Deus me deu, apesar da idade avançada dos dois eles eram muito mente aberta, quando me assumi foram os primeiros a me acolher.
Pov Rafaella
A semana foi mais tranquila em casa, pelo fato de eu não ter saído, minha mãe nem pegou muito no meu pé em relação a Gizelly. Eu ainda não contei do namoro, até pensei em contar, mais resolvi escutar a Gi em deixar quieto por enquanto, evitaria desentendimentos.
Estou eu aqui almoçando com minha melhor amiga, a Gi teve que viajar e não pôde comparecer, eu estava contando até os minutos, ela voltaria pra casa hoje ainda, eu precisava vê-la, toca-lá, a saudade estava enorme.
---
Assim que ela me mandou mensagem avisando que já estava em casa eu chamei um uber pra ir até lá, já se passava das nove da noite, e mesmo que fosse de madrugada eu iria do mesmo jeito.
Fui recebida com vários beijos pelo meu rosto
- Quê saudade mô
À puxei pela cintura levando minha cabeça até seu pescoço e cheirando
- Eu estava com muito mais saudade amor
Procurei por sua boca pedindo passagem com a língua, o beijo dela não tem igual, o encaixe das nossas bocas quando estamos deliciando uma a outra é coisa de outro mundo.
Aprofundei mais o beijo apertando seu corpo
Nossas respirações ficaram descompensadas, com calma ela foi encerrando o beijo, colou nossas testas, os castanhos dos seus olhos brilhavam mais do que o normal- Eu estava tão pra baixo Rafaella, foi só te beijar, te tocar que emergiu uma alegria aqui dentro (Ela apontou o dedo pro seu próprio peito)
Levei minha mão direita até seu rosto alisando
- Eu vou estar aqui pra você sempre que precisar Gi, sempre
Ela selou nossos lábios e abriu um sorisso.
- Vamos lá pro quarto, vou tomar banho, depois preparo algo pra gente comer
Ela já estava a quase vinte minutos dentro do banheiro, ouvir o barulho da água caindo fez minha imaginação ir longe, eu queria senti-la.
