44 - Mãe?

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Pov Gizelly

Mesmo a Rafa insistindo que sabia se defender eu fiquei com muito medo da Bianca fazer algo contra ela,  antes de ir pra empresa deixei ela na casa da Manoela, pedi pra que ela me ligasse a hora que fosse embora, eu à buscaria.

Recebi um telefonema do meu segurança lá de cada, a Marlene havia caído das escadas, levaram ela pro hospital desacordada, peguei a chave do meu carro e sai as pressas da empresa, no caminho liguei pra Rafa avisando.

Cheguei já procurando por um médico, precisava saber notícias dela, um médica loira veio até mim me passar as informações, pelo seu crachá vi que ela se chamava Marcela.
Marlene entraria em cirurgia, quebrou o joelho, pelo que me foi explicado ela teria de colocar pinos.
Fiquei aliviada por não ter sido nada muito grave, já que ela ficou desacordada.

Olhei pra porta da sala de espera e vi Rafaella e Manu entrando no local, expliquei pra elas a situação da Marlene.
Manu ficou por pouco tempo, mais o suficiente pra me acalmar um pouco.

Enquanto a cirurgia acontecia chamei a Rafa pra tomar um café, estávamos conversando na mesa da lanchonete do hospital quando a médica loira se aproximou me chamando

- Desculpa incomodar, mais teve uma complicação na cirurgia da dona Marlene, a anestesia não reagiu bem em seu organismo, já usamos duas bolsas de sangue, o problema é que o tipo sanguíneo dela é raro, não temos mais no hospital, se caso precisarmos de mais vai complicar a situação dela. Sabe se alguém da família tem o tipo sanguíneo O negativo?

Assustei com a fala da médica, transfusão de sangue é algo sério

- Como uma cirurgia simples colocou a vida dela em perigo?

Rafaella colocou sua mão sobre a minha, eu estava bem aflita, meu coração estava disparado

- Senhora Bicalho acontece, toda cirurgia tem riscos

Levantei da mesa deixando uma nota de vinte reais pra pagar o café

- Eu vou entrar em contato com a família dela

No caminho até a sala de espera liguei pra irmã da Marlene, e pra minha tristeza ela disse que o tipo sanguíneo dela era diferente do da irmã

- Doutora Marcela eu não sei qual meu tipo sanguíneo, quero fazer o teste

- Claro, me acompanhe por favor

Dei um selinho na Rafa e acompanhei a mulher

Ao voltar pra sala de espera vi minha namorada lendo uma revista, sentei ao seu lado, ela entrelaçou nossos dedos

- Queria ajudar Gi, mais o meu é A positivo

- O meu vai da certo mô, se Deus quiser, daqui meia hora sai o resultado

Algum tempo depois um enfermeiro se aproximou me chamando até uma salinha

- Gizelly Bicalho o seu sangue é compatível, podemos iniciar com a doação pra sua mãe?

Franzi a testa, algo não batia, como assim mãe?

Depois de tirarem duas bolsas do meu sangue fiquei mais alguns minutos na sala em observação, comi alguns biscoitinhos e bebi um suco natural de laranja, tudo fornecido pelo hospital.

Já era quase seis da tarde quando sentei novamente ao lado da Rafa

- Se importa de chamar um uber mô? Não quero sair daqui sem ter uma notícia boa

Ela passou a mão no corrativo onde tirei o sangue

- Gi eu não vou pra aula hoje, vou ficar com você

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