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No dia seguinte ela chegou ao café que ele marcara com o amigo policial dez minutos mais cedo. Não dormira pensando nele e claro, na filha também. Ela olhava para os lados a todo tempo, esperando que ele chegasse, mas perdeu a esperança de que ele iria. Até que um homem de aproximou.

XXX – Anahí?

Anahí - Sou eu. Marcos?

Marcos – Sim, prazer. – Esticou a mão. – Sou o amigo do Alfonso.

Anahí – Obrigada por vim. Mesmo.

Marcos sentou – Que isso. Então eu vi como esta o caso. Mas eu queria que você me contasse.

Anahí – Ta.

Marcos – Eu sei que deve ser muito doloroso, mas eu prometo que é pra ajudar;

Anahí sorriu triste – É. É muito.

Ela contou como tudo aconteceu desde que soube da gravidez, explicou tudo que explicara pra Alfonso na casa dele. Não conseguia não chorar a cada vez que contava a história, nem sabia quantos copos de água tomara tentando se acalmar. Ela desejou que ele estivesse lá, pra passar a força que ele nem devia saber que passava.

Marcos – Se acalma, por favor.

Anahí – Me desculpa. – Enxugou o rosto tentando controlar o choro. – É só o que eu sei fazer nos últimos meses, chorar.

Marcos – Eu entendo. Olha, eu vou colocar meus melhores homens pra investigar esse caso desde o começo, algo deve ter acontecido que ou passou batido ou alguém foi subornado pra esconder provas, porque cinco meses e não acharem nada é muito estranho.

Anahí- Eu sei, mas lá na Europa, aqui... Ninguém sabe de nada.

Marcos – Eu v... – Parou de falar. – Alfonso! – Levantou e deu um abraço. Anahí fechou os olhos aliviada contendo a vontade de abraçá-lo, tudo que sabia era que o queria com ela agora.

Alfonso- Desculpa a demora, me atrasei com a Nicole e em outro compromisso.

Anahí – Obrigada. – Sussurrou quando ele se sentou e ele assentiu, pegando sua mão embaixo da mesa.

Marcos – Ela me contou tudo já. Vou marcar uma reunião hoje mesmo com minha equipe.

Anahí – Eu nunca vou parar de te agradecer. Quanto eu tenho que te pagar?

Marcos – Nada o A... – Viu o moreno negar com a cabeça discretamente. – O Alfonso é meu amigo, não cobrei nada não.

Anahí estranhando – Mas isso não é justo, sério pode cobrar, eu faço questão.

Marcos – Faz assim, quando acharmos a pequena Alice, nós falamos sobre isso.

Anahí – Ok. Muito brigada!

Marcos – Não precisa agradecer, é meu trabalho. – Sorriu. – Bom, eu preciso ir, tenho que sair agora e de tarde já vou ver tudo sobre o caso da sua filha.

Anahí – Ta bom. – Se levantou e o abraçou – Obrigada. – Pensou ser a milésima vez que agradecia, e não o pararia de fazer.

   

Marcos – Tchau, Poncho.

Alfonso – Brigado mesmo, cara. – Se abraçaram e o policial saiu. Os dois ficaram sentados na mesa em silêncio. – Quer tomar alguma coisa?

Anahí – No, gracias. – E o silêncio permaneceu. – Acho que acabei com o estoque da água do local mesmo. - Ele conseguiu sorrir. – Pensei que não vinha mais.

Never Gonna Be Alone  (Finalizada) Onde histórias criam vida. Descubra agora