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Alfonso – E ai? – Sussurrou cobrindo os meninos quando ela entrou.

Anahí – O que eu não consigo?

Alfonso sorriu – Nada.

Anahí piscou – Acertou. – Beijou a testa dos gêmos e, como de costume, tirou o dedo de Gustavo da boca.

Alfonso – Falei pra ele que ia amarrar a mãozinha, dormiu sem o dedo, mas dormindo ele faz sem perceber.

Anahí – Tadinho. – Ainda ficou um tempo alisando a cabecinha dos dois. – Não é culpa dele.

Alfonso – Eu sei, mas precisamos tentar tirar. – Ela assentiu e depois de mais um beijo dos dois foram para o quarto. – E então, conta.

Anahí riu – Elas só queriam usar tudo, maquiagem, sapato, bolsa. Eu expliquei que são crianças, amor. – Deu um selinho e foi par ao banheiro lavar o rosto.

Alfonso apoiou na porta – Eu estava mesmo pensando no que a Ni disse.

Anahí – O que? – Enxugou o rosto.

Alfonso – Será que brigamos mais com ela? Quero dizer... Sei que às vezes sou duro demais com elas, mas não quero que ela se sinta assim, Any.

Anahí se aproximou – Amor, eu ... Eu não sei pra falar a verdade. Acho que o gênio da Alice é um pouco mais fácil. – Ele ergueu a sobrancelha. – Ok, não. – Acabaram rindo. – Eu só acho que a Alice é mais ... Maleável. Não sei dizer.

Alfonso – Sabe o que eu acho? – Ela negou. – Que nos acostumamos com a Alice ser mais arteira. – Alisou seu rosto. – E a Ni sempre foi mais responsável com o colégio e as tarefas dela, como o ballet. Acho que cobramos mais dela por isso.

Anahí – Será?

Alfonso – Será que erramos? Eu não quero errar com elas, Any. Não quero que uma se sinta menos que a outra!

Anahí sorriu – Elas não sentem isso! Sabe que ela usou esse argumento porque te deixa triste. – Beijou seu queixo. – Ok?

Alfonso suspirou – Ok. Eu tenho medo de errar.

Anahí – Se um dia errar, nós consertamos. Você é humano, erra também! Elas são crianças e erram, nós somos adultos e erramos também. – Acariciou sua nuca. - E se quer saber, elas sempre sabe quando erramos.

Alfonso – Isso me irrita. – Riram. – Agora sendo justo... Você é a mais mimada da casa.

Anahí arregalou os olhos – EU? – Indignada.

Alfonso – É! Você . – Puxou sua cintura.

Anahí – Eu por quê? Eu não! Eu quase não consigo tudo que quero! – Sorriu debochada e ele olhou cínico.

Alfonso – Que dissimulada! Consegue tudo que quer e mais um pouco! E a culpa disso eu sei que é minha?

Anahí – É? – Riu cheirando seu pescoço. – Então se a culpa é sua eu sou inocente. – Mordeu o lóbulo de sua orelha e ele negou a beijando. – Inocente ou culpada. – Interrompeu o beijo. – Eu amo você.

Alfonso – Não mais que eu a você. – Sorriu a beijando novamente.

No dia seguinte as filhas acordaram e foram para o quarto dos pais.

Nicole – Ai. – Estava trancada e elas tentavam empurrar.

Alice – MAMÃE? – Chamou. Os dois dormiam de conchinha, cansados.

Never Gonna Be Alone  (Finalizada) Onde histórias criam vida. Descubra agora