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Anahí foi para seu quarto e tomou um banho, viu que era um quarto enorme assim como o banheiro. Tomou banho já deixando as lágrimas tomarem conta de si outra vez, escovou os dentes, colocou a camisola que levara, pegou uma foto e um terço, ajoelhou do lado da cama e segurando os dois objetos começou sua oração de todos os dias.

Anahí - Meu Deus, por favor, proteja minha filha, aonde quer que ela esteja. Não deixe que nenhum mal lhe atinja e me traga ela de volta, por favor. - Acariciou a foto da filha. - Eu não quero mais nada, só a quero comigo, quero cuidar dela, eu não peço mais nada além dela, por favor. - Chorou e abraçou o casaco da filha, que estava em cima da cama. - Por favor.

Era observada da porta. Tinha um olhar penoso sobre si. Ela começou a rezar o terço e ele saiu da porta, indo para seu quarto. Tomou um banho rápido, colocou uma calça de moletom, uma camiseta branca e foi para o quarto dela de novo. Ainda chegou a tempo de pegá-la acordada.

Anahí - Boa noite, meu amor. - Beijou a foto. - Eu te amo. - Fungou e enxugou o rosto, colocando os objetos na cabeceira. Ouviu batidas na porta e se virou – Oi.

Alfonso - Posso entrar?- Ela assentiu e sentou na cama. Ele se aproximou. - Você precisa de alguma coisa?

Anahí sussurrou - Da Alice.

Alfonso – Eu... Quero muito poder te ajudar. - Sentou de frente pra ela.

Anahí - Por quê?

Alfonso - Sou pai. Destruiria tudo pra achar minha filha. - Ela o olhou - E eu faria por qualquer pessoa, ainda mais por uma que eu goste.

Anahí - Desde quando gosta de mim?

Alfonso - Como assim?

Anahí - Já me disse coisas que.. Bom, parecia que me odiava.

Alfonso – Ah sim. Sobre isso me desculpa, é que eu fico louco quando erram no escritório e saio falando coisas que podem magoar, eu sei.

Anahí - Só tenho dificuldade pra me concentrar. Depois de tudo.

Alfonso - Se tivesse me contado ao início, teria te ajudado e não teria pegado tão pesado com você.

Anahí deixou uma lágrima cair - Se tivesse te contado de inicio iria dizer o quanto eu sou um fracasso como mãe.

Alfonso pasmo - O que?

Anahí - Eu sei que eu falhei. Se fosse uma boa mãe ela estaria comigo.

Alfonso - Ei, não fala isso. Quantas crianças são seqüestradas? Não é culpa da mãe e sim desses bandidos. - Se aproximou e pegou sua mão. - Não se torture assim porque a culpa não é sua.

Anahí - Eles a levaram. - Começou a chorar. - O pai e os avós eu sei que foram eles. Eles prometeram que iam acabar com a minha vida e tiraram o que eu tinha de mais importante.

Alfonso - Calma. Quer me contar?- Ela assentiu. - Então se acalme, podemos conversar amanhã se você preferir. - Ela negou. - Então primeiro tenta se acalmar um pouquinho, ok?

Anahí - Não consigo. – Ele sentiu as mãos dela tremendo.

Alfonso - Não é saudável ficar assim. - Alisou sua mão. - Vamos eu vou te ajudar, me conte o que houve e prometo que vou te ajudar, sim?- Ela assentiu e ainda chorando foi se acalmando, resolveu contar.

Anahí - Eu fiquei grávida com vinte e um anos e ai precisei trancar a faculdade. A família do meu namorado tinha muito dinheiro e eles não aceitaram.

Never Gonna Be Alone  (Finalizada) Onde histórias criam vida. Descubra agora