Never Gonna Be Alone (Finalizada)

18

No dia seguinte no escritório ele se segurava para não agarrá-la toda vez que a via. Que, diga-se de passagem, não eram poucas porque ele arranjava algo para de aproximar. Ela passou o dia pensando em sua vida, que bagunça estava. Morava com um homem, queria esse homem, queria a filha dele, queria sua filha, se contassem há três anos que isso ia acontecer ela ia rir e negar. Ironias do destino. Quando não tinha nada para fazer ficava olhando as fotos de Alice no celular. Ele ligou para Marcos, que disse que no dia seguinte entrariam na tal casa misteriosa. Alfonso se agarrou à essa esperança, mas dessa vez teve mais calma com Anahí, não suportaria que ela se decepcionasse mais uma vez, embora se não encontrassem a menina ela ficaria arrasada, de novo.

Finalmente chegara o dia. Ele não a passou muitas coisas pra fazer, nem Oscar, nem Dulce, nem Cristina. Ela rezara o dia todo, chegou a chorar algumas vezes, fazia promessas, ligava para os pais e estes já iam pegar o avião de volta ao México, ela estava no Brasil, não tinham mais o que fazer pela Europa. Já Marcos não ligara para Alfonso, que passara o dia nervoso, o pai dissera à ele que parecia que era a filha dele prestes a ser encontrada do jeito que ele estava. Ele só fazia andar com o celular para lá e para cá e estava assim com o pai e irmão em sua sala quando ela entrou.

Anahí – Nada? – Ele negou. – Ai meu Deus. – Disse aflita esfregando uma mão na outra e depois nos braços. Ela nem sentia mais as lágrimas caírem, pensou estar se acostumando com elas.

Alfonso – Calma. – Olhou passando força e ela não aguentou. Caminhou até ele, o abraçando pela cintura.

Anahí – Diz que vai ficar tudo bem. – Só precisava ouvir aquilo dele, nele ela acreditava.

Alfonso circundou suas costas. – Eu prometo que sim. – Beijou sua testa. – Você tá quente. – Passou a mão em sua testa. – Demais.

Anahí – Tengo frio.

Alfonso – Vai pra casa. – Ela negou. – Vai sim, qualquer coisa eu vou te ligar.

Oscar – Eu vou lá pro condomínio agora, posso te levar.

Anahí – Não, por favor, me deixa ficar. Eu.. Quero. – Abraçada em Alfonso falou só pra ele. – Preciso de você, preciso ficar com você.

Alfonso – Você não tá bem. – Abaixou o rosto e se encararam. – Confia em mim?

Anahí – Si.

Alfonso – Então vai, fica com minha mãe e eu vou te ligar assim que souber qualquer detalhe.

Anahí – Mas eu q...

Alfonso – Vai. – Falou carinhoso acariciando sua bochecha. – Eu vou daqui a pouco, preciso ainda resolver uns problemas daqui, me ausentei tempo demais. Você está aqui e só se desgasta mais, lá você fica tranquila, minha mãe te ajuda com o que precisar. Ok?

Anahí – Ok. – Aceitou. Estava mesmo desgastada, cansada, o corpo doía. Sintomas da ansiedade.

Ela foi com Oscar e Ruth ficou com ela na casa do filho. Nicole tinha ido com Maite tomar sorvete. A pedido do pai a madrinha a levara, não sabia como ficariam as coisas em casa dependendo da notícia que ia receber. Recebera o tão esperado telefonema no fim da tarde e, infelizmente, a situação não mudara.

Armando – Deus. – Deixou uma lágrima cair. – Não acredito.

Alfonso – Ah. – Passou a mão no rosto e no cabelo, sentando na cadeira. – Não é possível. NÃO É POSSÍVEL! – Irritado jogou um dos objeto da mesa na parede. – CARAY!