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Eles tinham a imagem da família perfeita, e sim poderiam ser, mas não eram uma família de sangue. Será que o sangue é tão importante assim, então? Alfonso precisava trabalhar, não era fácil se ausentar como ele tinha se ausentado todo o tempo de busca da pequena Alice, o tempo em que cuidava de Anahí, de Nicole, agora precisava focar um pouco no trabalho, mesmo assim não queria e não estava deixando as três sem sua atenção. Embora tinha dias que chegava e as duas crianças já dormiam e Anahí também, só que no sofá o esperando, sempre na companhia de um filme ou de um livro e de um chá. [b]Dois meses que se passaram[/b] isso aconteceu frequentemente, mas ela não se importava, sentia saudades sim, mas entendia e o apoiava sempre. A polícia ainda buscava Aaron. Alice estava indo para o colégio e estava muito bem, ainda existia os dias em que ela chorava e Anahí tinha que voar para lá e só assim ela se acalmava, Heloisa, a diretora sempre fora muito compreensiva quanto a isso, tinha filhos e imaginava como era a situação. Só que mais um desses dias chegou e Alice não chamou pela mãe. Chamou por Alfonso, mas ele em reunião, não recebeu a ligação do colégio e Anahí foi buscar a filha no fim da tarde.

Anahí – Mamãe tá aqui meu amor, já passou viu? – Beijava sua testinha.

Heloisa – Alice não precisa chorar mais, olha a mamãe. – Sorriu, mas a menina choramingava no ombro da mãe.

Nicole – Não chora Lili. – Pediu de bico.

Anahí – Vamos pra casa, ela vai se acalmar. – Nicole puxou a mochila dela e de Alice, Anahí carregou a lancheira.

Alice – T.t.io.Poncho! – Chamou de novo, o rostinho lavado em lágrimas.

Anahí – Ele vai te ver daqui a pouco, princesa não precisa chorar mais. – Dirigia, então não podia abraça-la como Alice queria, então abraçara Nicole.

Nicole – Vamos cantar Any? Vamos Lili?

Anahí – Vamos! Vamos cantar com a Ni, filha. Ela te ensina, né?

Nicole – Sim! – A morena colocou o CD de criança e Alice foi parando de chorar, mas só até chegar em casa. Lá voltou a chamar o namorado da mãe. – Papai já vem! – Falou cansada, sem saber o que fazer para a menina parar de chorar.

Anahí – Shi. – Ninava a filha, mas não sabia mais o que fazer. – Maria, por favor, tenta ligar pro Poncho, pelo menos pra ele falar com ela por telefone.

[i] Maria – Oi Cris, o Poncho está ai?

Cristina – Ele está, mas na reunião ainda, não posso passar a ligação Maria, é algo com a Ni?

Maria – Com Alice.

Cristina – Ah sim. Eu tenho autorização pra passar ligações quando são casos graves ou qualquer coisa da Nicole, me desculpe.

Maria – Mas é importante, ela chama por ele e chora sem parar. Eu sei que ele atende e não vai ficar bravo!

Cristina aflita – Ai Maria, não posso. Esses clientes são muito importantes e nós estamos preocupados com o caso.

Maria suspirou – Ok. Peça pra ele ligar assim que sair.[/i]

Anahí – Não? – Ela negou. – Ai filha. – Pediu desesperada. – Não faz assim que mata sua mãe.

Nicole – Por que ela quer o papai Any?

Anahí – Eu não sei. Amor, o que é? Tá com saudades do tio Poncho? – Ela assentiu fungando. – Ele vai chegar logo, mamãe promete. Vai brincar de montar com a Ni. – Enxugou seu rostinho.

Never Gonna Be Alone  (Finalizada) Onde histórias criam vida. Descubra agora