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No dia seguinte a situação não mudou, mas Alice não quis sair de casa, nem naquele dia nem nos próximos quatro. Ela até respondeu Alfonso algumas vezes e Nicole, mas só. Nem Maite que ela conhecia de antes ela respondeu mais. Em um dia de semana ela acordou melhor, parecia um pouco mais segura e de manhã ele levou a filha para o colégio e deixou Anahí e Alice dormirem. Resolveu um probleminha com um processo e logo voltou para casa, encontrando Anahí pronta com a filha para levarem-na no psicólogo. Na hora da mãe sair da sala, Alice chorou, se agarrando a ela, e demorou uma longa meia hora para que Anahí conseguisse sair da sala com Alfonso. Ela se deixou chorar no ombro dele, quando estavam a sós.

Anahí – Ela ta com medo. – Fungou.

Alfonso – É porque ela ficou longe muito tempo, amor, mas ela vai melhorar. você vai ver. – Beijou sua cabeça. – Fica calma.

Anahí – Mas ela deve pensar que eu a abandonei! – Voltou a chorar. – E eu não tive culpa, minha filha vai pensar que eu mandei leva-la de mim. – Soluçou.

Alfonso – No. – Acariciou seu cabelo. – Ela não vai pensar isso e é justamente por isso que estamos aqui, pra ela voltar a ser a Alice de sempre. Ok? – Segurou seu rosto e beijou seu nariz.

Anahí – Promete.

Alfonso sorriu – Eu prometo.

Depois de meia hora dentro da sala, a psicóloga abriu a porta e Alice correu para perto da mãe.

Alice – Mamãe! Olha o que eu ganhei! *-*

Anahí sorriu – Uau! Um pirulito! Que legal, princesa.

Alice – Eu posso comer?

Anahí – Pode.

Dra. Sônia – Posso falar com vocês um instante?

Anahí – Sim.

Alice – Ah não mamãe, de novo não! – Agarrou em sua perna.

Anahí abaixou – Mamãe vai e volta antes de sentir minha falta.

Alice – Já to sentindo! – Fez bico.

Anahí sorriu – Eu prometo tá? Por que não fica com o Poncho?

Alice – No!

Anahí – Só um pouco, ele que trouxe aqui pra você ganhar pirulito. – Alice ficou pensativa. – Hum?

Alice – Ok.

Anahí – Te amo. – Beijou sua cabeça e entrou na sala.

Alfonso – Gostou da moça?

Alice – Si. Abre pra mim? – Pediu estendendo o pirulito e ele pegou. – Mas é pra mim! - Enfatizou.

Alfonso sorriu e entregou o pirulito já aberto – Claro que é, porque você é muito linda e boazinha.

Alice – Gracias. – Colocou o pirulito na boca – O Aaron não me deixava comer balinhas, você deixa?

Alfonso – Claro que deixo. Ele era chato?

Alice assentiu – Eu não podia fazer nada.

Alfonso – E ele falava o que pra você?

Alice – Que mamãe não gostava de mim. – Disse triste e apoiava as mãozinhas na cadeira ao lado da dele. – E que eu nunca mais ia ver ela.

Alfonso tentando esconder a raiva – Você sabia que é mentira? Que sua mamãe ama muito você né?

Alice – Eu sei que mamãe ama eu.

Never Gonna Be Alone  (Finalizada) Onde histórias criam vida. Descubra agora