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Marcos – Volta, e eu fico cuidando de tudo, por algum motivo aquela casinha não me passou confiança. Eu prefiro agir com calma agora, para que não possam escapar.

Alfonso – Eu sei, mas vocês me disseram antes de virmos que estávamos praticamente com as mãos neles.

Marcos – Eu sei, mas agora estamos agindo disfarçados, SE eles sabem de alguma coisa é que você está aqui, mas com o disfarce que eu estou usando pensam que fomos embora.

Alfonso suspirou – Da pra entrarmos lá até amanhã?

Marcos – Ainda não. Preciso de três dias no mínimo para preparar uma armadilha àquela empregada. Eu sei que ela esta escondendo coisa ainda.

Alfonso – A Any vai morrer se eu não voltar com ela.

Marcos – Vai ter que segurar as pontas por lá por enquanto.

Alfonso – Ah meu Deus. – Passou as mãos no cabelo, nervoso.

Marcos – Eu vou fazer de tudo, Poncho, mas se você continuar aqui eles não vão acreditar que eu e meus homens fomos embora.

Alfonso – Ok. Eu vou, mas me ligue qualquer mínimo detalhe que acontecer. – O amigo assentiu e Alfonso terminou de arrumar a mala.

A dúvida era, ligar ou não ligar para Anahí? Ela pensava que ele voltaria em dois dias, não logo na manhã do dia seguinte. Ele que sempre enfrentava toda e qualquer situação, teve medo. Muito medo de como ela reagiria. Deus, não devia ter dado esperanças do jeito que deu, ele a prometera, jurara que levaria sua filhinha, e agora? O medo pela primeira vez na vida tomou conta dele e ele preferiu não ligar. Quando pegou o avião ele se sentia totalmente derrotado, Pegou o táxi para casa e olhava pela janela, parou em um farol na rua do lado de um parque e ele viu uma mãe com a filha pequena, brincando, correndo, e sentiu os olhos umedeceram. Será possível que Anahí não teria aquilo de novo? Em menos de dez minutos chegou em casa, a tempo de ver os pais dele entrando em sua casa, era uma manhã de domingo.

Taxista – O senhor quer ajuda com as malas?

Alfonso – Não obrigado, só é uma. – Deu o dinheiro à ele e entrou na casa. Estava vazia. Conforme foi entrando ouviu a televisão em uma sala de tv mais privada.

Ele entrou e reconheceu Anahí de costas pra ele, sentada no sofá. O pai estava sentado ao lado dela com a neta no colo e a mãe em pé, e foi ela que o viu primeiro.

Ruth – Meu filho! – Todos se viraram, pensando ser ou Oscar ou Alejandro, mas era Alfonso. Anahí virou com tudo subindo no sofá, deixando o celular cair no chão, sentada ela não podia ver para baixo, onde sua filha estaria.

Nicole – PAPAI!!! – Gritou e saiu correndo, abraçando as pernas do pai, que olhava Anahí fixamente, com um pedido de desculpas nos olhos.

A criança não percebeu, mas os adultos sim. Anahí arfou e caiu no sofá, estática, ainda o olhando. Ela não estava lá. Sua pequena não estava com ele, como deveria. Duas grossas lágrimas caíram por seu rosto antes de ela ver tudo a sua volta rodar e escurecer. No segundo seguinte caiu desmaiada no colo de Armando.

Alfonso – Any! – Já com a filha no colo deu a volta no sofá e viu o pai já tentando acordá-la.

Nicole assustada – Papai, ela morreu? – Os olhinhos brilharam pelas lágrimas.

Ruth – Não Ni. Ela passou mal. – Pegou a neta no colo e escondeu seu rostinho, a menina chorou, amparada pela vó.

Alfonso abaixou ao lado dela – Any... – Pegou seu rosto. – Anahí, acorda. – Batia de leve em seu rosto e nada. O pai saiu atrás de Maria e voltou com a senhora e um álcool na mão.

Never Gonna Be Alone  (Finalizada) Onde histórias criam vida. Descubra agora