Os dias foram passando e as coisas eram normais, as meninas indo para o colégio, Alfonso para o trabalho e Anahí em casa, mas ela já estava cansada de não fazer nada, então ficava inquieta, esperando companhia. Era tarde, quase uma da manhã, as filhas dormiam e ela esperava Alfonso chegar do escritório, tomando um chá no sofá e lendo um livro, mas o sono venceu e dormiu com as coisas nas mãos. Alfonso chegou e viu a luz da salinha do andar de cima acesa, entrou e colocou a pasta no sofá, tirando o livro e a xícara vazia da mão dela.
Anahí – Poncho? – Abriu os olhos sonolenta.
Alfonso – Por que não foi para cama, meu amor? – Beijou sua testa e a pegou no colo. Ela não respondeu, se abraçou nele e só acordou no dia seguinte, vendo ele se trocar.
Anahí – Poncho... – Se sentou. – Por que não me chamou?
Alfonso a olhou – Eu já acordei as meninas, Maria está arrumando as duas.
Anahí – Ah. – Passou a mão nos olhos. – Podemos conversar?
Alfonso – Conversar? Claro. – Terminou de abotoar a camisa e sentou na cama, preocupado. – O que houve?
Anahí – Eu estou cansada de ficar em casa. Não faço nada o dia todo sem ser correr às vezes e conversar com a Maria. Me sinto uma inútil.
Alfonso – Como inútil? Claro que não amor!
Anahí – Eu não ajudo em nada, você trabalha e agora está me sustentando. – Fez aspas com a mão. – Eu uso o dinheiro dos meus pais e eu não quero mais.
Alfonso – Mas eu te disse que quando quisesse eu te aceitava no escritório ou te ajudava com seus desenhos, o que quer? É só me falar e eu te dou.
Anahí sorriu meiga – Own meu amor. – Alisou seu rosto. – Eu agradeço de coração, mas eu preciso fazer minhas coisas sozinha também.
Alfonso – Por quê? – Perguntou chateado. – Eu gosto de te mimar.
Anahí – Eu sei. E não tem nada no mundo que eu não goste que venha de você. Principalmente os mimos. – Ele sorriu e ela lhe deu um selinho.
Alfonso – E detalhe que você fica com as meninas depois do colégio.
Anahí – É, mas elas ficam lá de tarde também agora quase todos os dias com a dança da Ni e a natação da Alice e eu fico aqui, sua mãe vem, ou a Naty, minha mãe, a Gabi, mas elas também trabalham e é raro. Eu estive pensando muito e eu acho que sei o que vou fazer.
Alfonso – O que?
Anahí – Quero terminar minha faculdade.
Alfonso – Sério?
Anahí – Sim! Eu vou voltar e posso estudar de manhã, eu já liguei lá eu só preciso ir levar uma documentação e posso voltar no próximo semestre. E é no horário da aula das meninas, não vou precisar ficar lá de tarde, é último ano.
Alfonso – Se você quer, eu te apoio. – Sorriu e ela o abraçou. – Vai ser bom pra você. – Beijou sua testa.
Anahí – Gracias. E também eu poderia te ajudar no escritório nos dias que as meninas ficam no colégio ou quando não tiver nada da faculdade pra fazer.
Alfonso – Eu vou amar ter você juntinho de mim também. – Beijou suas mãos. – E quando vai começar?
Anahí – Em fevereiro. – Sorriu animada. – Não é demais?
Alfonso – É sim. – Sorriu e ela o abraçou de novo.
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Never Gonna Be Alone (Finalizada)
FanfictionUma corrida contra o tempo quando você mais precisa dele e de calma. "Você nunca vai estar sozinhaDeste momento em dianteSempre que você sentir que está partindoNão vou deixar você cairVocê nunca vai estar sozinhaVou te segurar até a dor passar" "E...