Capítulo XIV- Sentença - Parte I
"Conquistar um sim é muito melhor quando se começa com um não."
Em meados da Grécia Antiga, Aristóteles ensinou uma gama de conceitos variados que definiriam o parecer de retórica, um deles foi: "... a capacidade de descobrir o que é adequado a cada caso com o fim de persuadir."
Pondo em moldes práticos, você precisa ter a capacidade de distinguir oito de oitenta e saber que, por exemplo, uma nota de um dólar pode facilmente convencer um mendigo, mas não fará tanta diferença para quem tem o bolso cheio delas, a não ser que você domine as palavras e o convença, fazendo delas uma arma eficaz.
A arte de argumentar bem, é definitivamente algo que muitas pessoas buscam e aqueles que não o fazem, deveriam, pois, com uma boa eloquência, ou para efeitos mais chulos, com uma boa lábia, você pode conseguir fazer montanhas se moverem, por mais que isso soe impossível.
Entretanto, se todo o domínio que possui dessa arte, não for capaz de tornar redutível a opinião de quem você visa persuadir, a solução mais prática para obter êxito é a boa e velha carta na manga.
Para os advogados, significa ter uma informação privilegiada, aquela prova que refuta toda e qualquer tentativa de acusação ou defesa, levando àqueles que são responsáveis por dar o veredito, uma faísca de luz para clarear suas decisões. Pois, que fique claro, persuasão difere completamente de manipulação, a arte de seduzir com as palavras serve para fazer o outro refletir e definir por conta própria qual a decisão justa a se tomar, quando a manipulação, é agir de forma que o outro não tenha escolha, tomando de si a autonomia, decidindo por ele o que você julga ser o correto.
Com toda certeza, um bom advogado domina ambos os ativadores mentais e os aplica onde e quando são mais necessários.
Dentro ou fora de um tribunal.
— Não!
— Por favor, conejito...
Depois de um jantar conturbado, por Taehyung se recusar a desgrudar-se de Jungkook, o que resultou nos dois dividindo o mesmo assento, enquanto ele fazia questão de, sobre fortes queixas, deve-se ressaltar, dar comida na boca dele, eles estavam agora em um embate de extrema importância.
— Pode ser de uma raça de pequeno porte, eles podem ser um ótimo antídoto para doenças, sabia?
— Não estamos doentes, estamos?
— No, pero, analisa bem, podemos dar um lar para uma criatura indefesa.
— Eu já fiz isso, se bem que, de indefeso, você não tem absolutamente nada.
— Mi amor... — Tentava reunir os seus melhores argumentos. E Jungkook definitivamente não entendia a insistência de Taehyung em tanto querer um animal. — Sem contar, que é cientificamente comprovado os benefícios para a saúde humana a convivência com animais de estimação.
— O Sr. Dan do trezentos e treze tem um maltês, ele iria adorar receber visitas — rebateu, se divertindo da cara zangada que Taehyung tentava fazer.
— Pero mi lindo conejito...
— Tae, eu já disse que não. — Jungkook afundou o corpo no colchão ao lado do namorado. — Desiste, não teremos um cachorrinho. Você e a Sofia já são um combo e tanto.
— Tengo saudades dela. — A menção à filha lhe fez mudar de assunto.
— E eu de você. — Virou o rosto alcançando o pescoço do fotógrafo, expirando alto o cheiro gostoso do sabonete que impregnava a sua pele. — Não se preocupe, domingo vamos buscá-la.
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O Amor no banco dos Réus
FanfictionTAEKOOK | TRIBUNAL | +18 Jeon Jungkook; advogado, sócio nominal de uma das maiores empresas de advocacia de Nova Iorque. Extremamente inteligente, persuasivo, confiante e muito atraente. Trajando finos ternos, tem o tribunal como uma arena e julgame...