Capítulo XXII - Veredicto Final
"Quanto mais difícil é a batalha, maior é a felicidade de uma vitória."
Vivemos em um jogo de cartas, um baralho de escolhas, para ser mais específico, no qual somos parte de uma sequências de naipes que, a depender da ferocidade de cada jogada, nos tornamos instrumentos de uma gloriosa vitória ou podemos ser descartados diante de um adversário tão impiedoso quanto a ganância humana. Todavia, diante dos imprevisíveis jogos da vida, alguns de nós nos tornamos coringas; cartas indispensáveis e imprescindíveis para contornar aquelas situações da qual parece ser impossível sair vitorioso.
Era a última rodada, quase todas as cartas já estavam dispostas sobre a mesa e o adversário demonstrava exímia maestria na arte do blefe, a ponto de deixá-los apreensivos quanto ao final da partida.
Yoongi temia o fim do jogo.
— Acabou — estava pronto para declarar a derrota. — Não temos provas, tampouco tempo.
— Não se eu puder fazer algo.
A determinação comandava o tom de voz de Dora. Os anos que se obrigou a aturar a infidelidade do marido chegaria ao fim. Robert Davis agora entenderia que, dentre todos os seus erros, o pior que cometera foi tê-la traído.
Eles não venceriam, ela não permitiria!
— Onde está o Taehyung? — questionou para Jungkook.
— A caminho da Stuyvesant. Sofia tem aula hoje à tarde.
— Ok! Vou ligar para ele, precisamos ser rápidos — a senhora passou a ditar comandos apressados —, e vocês vão, falem com o Lee, peça para que ele nos encontre na casa do Namjoon.
— O que vai fazer?
A determinação que antes comandava sua voz, passou a preencher todo o seu corpo, principalmente seu olhar, que se tornou feroz ao dizer:
— Pegar as provas que precisamos.
Jungkook, Yoongi e Jimin seguiram direto para a casa de Namjoon, enquanto Dora retornava a passos apressados para dentro da mansão.
Como combinado, a um pouco mais da uma da tarde, estavam quase todos reunidos na sala de estar do pesquisador à espera de notícias.
— E onde está o Taehyung? — Lee perguntou assim que chegou e não encontrou o fotógrafo ali, o que era preocupante, dada as circunstâncias.
— Boa pergunta — Jungkook encarava impacientemente o celular, tentava há minutos contato com o noivo. — Ele saiu com o Hoseok para deixar a Sofia na escola, mas a essa hora já devia ter voltado.
Alguns minutos de silêncio sucederam à fala do advogado. Quando ouviram o som da porta da frente sendo destrancada, Jungkook chegou a ficar aliviado quando avistou Hoseok atravessando por ela, porém o seu desafogo não durou tanto, bastou a porta ser fechada novamente sem mais ninguém por ela passar.
— O Tae não estava com você, Hobi? — Namjoon estranhou a ausência do irmão.
— Não se preocupem, ele me garantiu que ficará bem. — Hoseok deu a entender que seja lá onde ele estivesse, certamente estaria fazendo algo perigoso.
— Hoseok... — Jungkook respirou fundo, não podia perder o restante de paciência com o amigo, sabendo ele que o culpado pelo que seja lá que estivesse aprontando era unicamente do seu noivo. Mas ainda assim, as palavras pareciam sair mastigadas pela sua boca. — O Taehyung está com uma tornozeleira, se ele violar a condicional, for pego fazendo qualquer coisa ilegal, por menor que seja, nem eu poderei livrar a cara cínica dele da prisão. Então, me diga, onde caralhos está o Taehyung?!
VOCÊ ESTÁ LENDO
O Amor no banco dos Réus
FanfictionTAEKOOK | TRIBUNAL | +18 Jeon Jungkook; advogado, sócio nominal de uma das maiores empresas de advocacia de Nova Iorque. Extremamente inteligente, persuasivo, confiante e muito atraente. Trajando finos ternos, tem o tribunal como uma arena e julgame...