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4 - Premiers Contacts

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Os minutos passavam depressa, enquanto Seokjin lia seu mais novo livro, mas para o tigrezinho curioso o tempo parecia parar enquanto ele descobria um novo mundo.

O pequenino Kim explorava as ruas cheias de neve empolgado em ver as luzes e as grandes construções que para ele era uma descoberta incrível. Se esgueirando entre as pequenas montanhas de neve que se acumulava nos muros e nas árvores, onde o recém nomeado príncipe felino parecia quase se camuflar por completo, de um jeito que somente seu pelo dourado e suas listras alaranjadas no topo de sua cabeça e em suas costas ficassem aparentes.

Ainda tentando pegar a luz dourada, liberada pela Árvore da Vida do Reino de Gaia, que o atraia pela cidade para algum lugar onde o recém nascido não conhecia. Seus olhinhos curiosos exploravam tudo que ele podia ver pela primeira vez, sempre querendo mais, tinha sede de conhecer e explorar tudo em que seus olhos conseguiam ver. Um tigrezinho curioso cujo o mundo queria desvendar.

Aos poucos o animalzinho se aproximava mais de seu propósito, o mesmo cujo estava sentado em um banquinho de praça, seus pés mal tocavam o chão, sua pele branquinha e aveludada, agora acolhia uma certa vermelhidão por conta do frio, seus lábios desenhados e carnudos tremiam, enquanto o menino friccionava as mãozinhas tentando se aquecer, seu livro repousado delicadamente sobre seu colo, não tirava nem por um segundo os olhos das letras desenhadas nas folhas amareladas.

Mal imaginavam que o destino os levariam a se encontrar aquela noite.

O tigre andando pelas ruas, enfim encontrou vida, seres nunca vistos por ele, andando em duas patas, vestindo coisas estranhas, pareciam muito com as fadas de seu reino, mas sem as orelhas pontudas e claro, as asas. Em frente a um bar de cabaré, ele viu pela primeira vez seres humanos, mulheres dançando com roupas extravagantes, homens bebendo e fumando seus charutos, a música alta machucava os ouvidos sensíveis do animalzinho de boa audição, o assustando com o barulho ensurdecedor. Seu coraçãozinho agora batia acelerado, assim ele tentou sair dali o mais rápido possível, já havia perdido de vista a luzinha dourada cujo ele queria tanto capturar, assim ele passou a correr para qualquer direção, desviando das pessoas que faziam festa no lugar, as mulheres com seus saltos agulha pisavam vez ou outra no rabo do mesmo, o machucando e o aterrorizando.

Para sua primeira noite de vida, Kim já havia tido traumas demais, preocupadas as fadas entravam em desespero, Terra como protetora de todos os animais se via presa no reino sem poder salva-lo, entrando em aflição e ansiedade, tentando ao máximo com sua magia protege-lo de longe, assim como Kalani e Stella pediam a árvore guardiã do príncipe segundo a lenda, que o trouxesse para casa em segurança.

Com medo, o pequenino só queria voltar para casa, mas estava perdido em um lugar desconhecido e com pessoas maldosas que o machucaram e o assustaram. Suas patinhas doíam pelo frio, ainda recém nascido não era acostumado com os extremos de temperatura, assim como aos machucados criados na confusão.

As três fadas vendo a dor do tigre dourado, tentavam assim um último pedido de socorro, pegando uma das flores da árvore guardiã e assim a levando o castelo das fadas, onde deram as mãos, juntando suas forças e seus poderes místicos para o guiar na sua jornada para onde quer que a árvore o queria levar naquela noite. Uma luz forte fora emanada das três fadas, criando assim um portal com suas energias vitais, elas não poderiam sair do reino, mas isso não lhes impedia de enviar algo que o conduziria, uma das flores de jasmim de sua guardiã, só ela saberia o levar para onde seu coração deveria estar. 

Então a flor surgiu com o vento para o tigrezinho assustado, pousando em seu focinho de forma delicada, a flor era abrilhantada com pequenos pontos de luz dourados, que a carregavam com o vento, era como um conforto para o mesmo, era pura, transmitia paz, doçura e inocência. O vento adentrou os pelos do malhado, o tomando a atenção, de modo que agora a flor flutuasse em caminho do desconhecido, o conduzindo até algo ou alguém.