21 - Tu M'as Captivé

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-Bom, foi um prazer de jejuar com os senhores - O homem alto moreno se levantou com cuidado a mesa, se curvando gentilmente aos presentes no local, recebendo alguns sorrisos gentis.

-O senhor tem aula de esgrima daqui a pouco - Rosa disse.

-É ano novo, Senhorita Rosa.. O dia está lindo, não vamos estraga-lo com essas muitas aulas que meu pai inventaste para me prender dentro dos muros dessa casa, todos sabemos que isso é impossível - O jovem disse pegando seu chapéu pendurado sobre a quina da cadeira onde antes estava.

-O ano novo já passaste, Senhor Kim. Deves voltar ao seus deveres - A governanta disse.

-E eu irei, não se preocupes - Ele sorriu, depositando um beijo na bochecha da tão amada por ele cuidadora - Até mais tarde, não me esperem para o jantar.

-Garoto... - Rosa o advertiu, lhe causando uma risada, enquanto seguia caminho cozinha a fora em direção a enorme porta de entrada da mansão, como sempre vazia demais e fria - Onde vais? O que devo falar ao seus pais?

-Diga que eu fui em busca da minha felicidade - Ele disse pegando seu casaco pendurado no cabideiro de pinheiro, junta a um lenço charmoso e suas luvas de inverno - Mas que volto para a realidade ainda está noite..

-E se precisarem lhe achar, estará na biblioteca - Ela disse já havia decorado aquele velho discurso do rapaz alto e bem apessoado.

-Como estou?

-O senhor não mudou nada - A mulher riu, ajeitando o lençol em seu pescoço - Por favor, jamais perca esse brilho no olhar.

-Estou em busca disso - Jin sorriu gentil - Agora se a senhorita me dá licença, eu ainda tenho muito o quer fazer essa manhã.

-Divirta-se meu menino - Rosa sorriu abrindo a porta para o herdeiro, que passara sem hesitar, respirando fundo o ar fresco naquela manhã, assim como sentindo o vento gelado contra de rosto, que o causara um sorriso, amava a sensação de cada manhã ser uma página em branco cheia de possibilidades e estava ansioso para o que a vida guardara para você.

Sem planos, ele apenas passou a trilhar seu caminho pelos longos vinhedos, se esgueirando por lá na tentativa de não ser visto por seus pais e nenhum familiar, ele gostava de se sentir um ninja espião como os dos seus livros, era uma das suas partes favoritas quando criança, fugir dos altos muros daquela mansão.

Segurando seu chapéu em seu peito, o homem sentia o vento gelado contra seus cabelos o agitando, mal conseguia controlar o sorriso em seu rosto com a sensação de liberdade e cheirinho de natureza, aquele lugar era perfeito, sentira tanta saudade daquele pequeno vilarejo no Sul da França, tinha certeza que aquele lugar era mágico, estranhamente estar ali o fazia bem, amava o sentimento de lar que ele transmitia.

Dessa forma ele andava livremente pelas ruas do vilarejo, a neve acumulando nas calçadas, o sol em um tom azulado mal conseguia aquecer minimamente que fosse, mas iluminava seu rosto, cujas as bochechas e ponta do nariz eram rosadas do frio, o que o deixava ainda mais adorável harmonizando com seus lábios rosados abrilhantados com um sorriso. Seguira com suas mãos no bolso e postura perfeita, em passos largos, quem olhasse sabia mesmo de longe que o rapaz estava feliz aquela manhã, cumprimentando a todos gentilmente, sem ter o rosto enfiado em mais um de seus livros e se perguntassem, ele sequer saberia explicar o motivo, só estava feliz.

Agora o rapaz passeava pelo parque, sem rumo e quase que no automático, suas pernas o levavam para dentro do bosque, tranquilo, sereno, o Sol por entre os galhos secos das árvores, sua mente longe demais para pensar em qualquer coisa que não fosse aquela paisagem perfeita. Até que sua atenção fora roubada por um homem loiro de rosto angelical, sentado perto de uma árvore, sozinho ele tinha os olhos fechados, parecia tirar uma soneca, sua camisa pouco aperta no peito fez os olhos do amante de livros percorrer sua pele desnuda e pensar no quanto ele era bonito. Mas o que ele fazia ali sozinho aquela hora da manhã?

Meow Meow Meow 🐅 +kth +ksjOnde histórias criam vida. Descubra agora