36.

2.2K 188 33
                                    

Lara acordou sentindo a pior dor de cabeça do mundo, correu para os seus pais na sala e pediu remédio. Ontem à noite eles perguntaram o que aconteceu com a testa dela e a ruiva mentiu que havia caído da escada e a Tainá chegou bem na hora pra ajudar.

- Mãe, a Tainá disse que me ama!!!- Lara falou entrando na cozinha enquanto Karla pegava um remédio pra filha no armário.
-Que ótimo, filha.- Respondeu sorrindo.- E você ama ela?
- Eu amo!!- Disse animada e colocou as mãos no
rosto.- Eu nunca amei ninguém antes.
- E aquele menino?
- O que eu sentia por ele não era amor.- Lara sentou na cadeira e sua mãe entregou o remédio pra ela.-Mas o que sinto pela Tainá é e eu não quero parar de sentir isso nunca.
- Fico feliz que está amando. Isso mudou a sua vida.- Karla sentou em uma cadeira ao lado da filha.- Depois que a Tainá chegou você se tornou mais viva e isso não tem preço. O amor muda as pessoas.
- Ela está me ajudando a superar a perda do Lyncon.- Sorriu fraco e suspirou.- Não é fácil, mamãe.
- Eu sei que não é, eu passo por isso todos os dias.
- É tão ruim não ter ele aqui.- Lara deitou a cabeça no ombro da mãe.
- É, muito.- Karla suspirou triste e resolveu mudar o assunto pra filha não ficar triste.- Então, o que vai querer pro almoço?
- Qualquer coisa, mãe.- Lara a olhou.- Ah, esqueci de perguntar uma coisa.
- Que coisa?
- Posso dormir na casa de uma amiga da Tainá hoje?- Karla  a olhou surpresa.- Na verdade a menina me convidou e a Tainá disse.
- Claro que pode, que horas é?
- Não sei, ela disse que vai passar pra me pegar aqui mais tarde.

[...]

Lara pegou a mochila dentro do guarda roupa e separou as roupas. Ela estava nervosa sobre conhecer as amigas da Tainá mas iria fazer isso, sabia que precisava socializar mais e as meninas pareciam ser legais. Já conhecia Loma e achou ela simpática, esperava o mesmo das outras duas.
Tainá havia feito a prova e tinha certeza que tinha ido bem, assim como Priscila, Loma e Kelly. Elas estavam felizes por terem se saído bem e foram comemorar tomando um milk shake depois da aula. Depois disso, cada uma foi pra sua casa e combinaram de ir às oito da noite pra casa da Priscila. Tainá chegou em casa e já eram quase sete horas, andar de bicicleta às vezes parecia uma eternidade mas ela não iria pedir de novo o carro ou a moto pro Carlos.

- Mãe, vou dormir na casa da Priscila. Falou quando viu seus pais no sofá.
- Tudo bem.- Mariana deu de ombros e seguiu olhando televisão.

A morena ia subir a escada mas ouviu a voz do seu pai.

- Quem vai estar lá?- E seguiu subindo, fechou a porta do quarto mas Carlos foi atrás dela e abriu a porta de novo. Quem vai estar lá, Tainá?
- Minhas amigas.- Respondeu colocando as mãos na cintura.- Por...?
- Quem exatamente?
-Ah, quer saber se a Lara vai estar junto?- Tainá riu debochada.- Sim, ela vai.
- Então você não vai.- Cruzou os braços furioso.
- Não é você quem vai me levar, então não adianta dizer se vou ou não.
- Enquanto você morar embaixo do MEU teto EU que decido as regras.
- Ah é?- Tainá tirou a mochila das costas e colocou em cima da cama. Você decide mesmo?- Foi até o guarda roupa, pegou o que precisava em segundos e colocou dentro da mochila.
-Eu acho que não.- Ela ia passar por ele mas Carlos segurou forte em seu braço, fazendo a filha olhar irritada pra ele.

Carlos estava com um olhar furioso, ele iria fazer de tudo pra Tainá não ir nesse lugar, não queria ela dormindo com a vizinha.

- Larga o meu braço.- A morena falou entre dentes tentando se soltar.
- Você não vai ir, está me ouvindo?
- Está me machucando!-Tainá começou a sentir muita dor e seus olhos começaram a marejar, mas nem isso fez seu pai soltar o seu braço.
- Quero que diga que não vai, depois eu solto.
- Eu não vou, eu não vou!-Choramingou sentindo que seu braço ia cair.

Carlos soltou o braço dela e Tainá praticamente saiu correndo pela escada, passou reto pela sala e bateu porta. Não acreditava que aquilo à aconteceu, seu braço estava doendo horrores e a culpa era do próprio pai dela. A morena respirou fundo pra não chorar e ergueu a cabeça, arrumou direito a mochila nas costas e andou até a casa ao lado. Miguel estava no restaurante e Karla quando ouviu a campainha já sabia quem era, abriu a porta e viu Tainá ali com a mochila nas costas.

- Boa noite, Karla!- Abraçou a mulher.
- Boa noite, querida!- Ela sorriu.
- A Lara falou do dormidão?
- Falou sim, só está esperando você lá
no quarto.
- Eu posso pedir uma coisa?- Tainá perguntou envergonhada e a mulher assentiu.- Você pode nos levar na casa da minha amiga? Acho que ir de bicicleta essa hora é perigoso.
- Claro que sim.- Karla falou simpática. - Não tem problema.- Tainá agradeceu e subiu a escada pra chamar a ruiva, que estava desenhando em seu caderno de desenhos e quando viu a porta abrir correu pra abraçar a morena, jogando o caderno em cima da cama.
- Oi, baby!- Abraçou o pescoço da Tainá, sentindo ela envolver sua cintura.
- Oi, ruivinha.- Elas se olharam e trocaram um pequeno selinho.- Tudo pronto pra ir?
-Tudinho.- Lara falou analisando o rosto da morena e ela não parecia estar bem.
- Aconteceu alguma coisa?- Fez um carinho na bochecha dela e Tainá negou.- Mesmo?
- Ah, sei lá...-A morena suspirou e escondeu o rosto no pescoço da vizinha.- Meu pai é idiota.
- O que ele fez, Tainá?
- Não queria me deixar dormir na casa da Pri, então ele apertou meu braço até eu dizer que não ia.- Lara sentiu seu sangue ferver.- Mas eu saí correndo e consegui vir aqui.
- Devo matar seu pai agora ou depois?-A ruiva falou seria e Tainá a olhou rindo.- É sério.
- Ele nunca vai mudar.- A morena disse olhando nos olhos castanhos. Simplesmente vai perder uma filha.
- Isso é tão errado, Tainá. Só de pensar me deixa irritada.
- É uma pena porque ele não vai conhecer essa pessoa maravilhosa aqui.- Tocou de leve na ponta do nariz da Lara, que sorriu adorável.- Vamos embora? Priscila deve estar louca já.
- Não precisa levar nada? Tipo, comida.
- Ela que pague tudo.- Tainá falou
rindo.
- Quando elas vão lá em casa eu pago tudo, aí quando é na casa delas faço o mesmo.
- Mas ela não vai me achar mal educada?- Lara sorriu sem graça e a morena riu beijando seus lábios.
- Não esquenta com isso, tenho certeza que não.
- Tudo bem.- Tainá pegou a mochila preta da ruiva em cima da cama e colocou em suas costas junto com a dela, fazendo Lara sorrir e agradecer dando um beijo estalado em sua bochecha.

Quando chegaram na sala, Karla estava na poltrona com a chave do carro nas mãos.

- Vamos?
- Vamos onde?- Lara perguntou confusa.
- Ela vai nos levar, Lara.
- Aah...- Sorriu envergonhada.- Vamos então.- As três foram pro carro.

Lara sentou no banco atrás porque Karla pediu e Tainá sentou no banco da frente ao lado dela pra guiar até a casa da Priscila.

- É nessa casa aqui!- Apontou pro sobrado marrom e Karla estacionou na frente.
- Prontinho.- A mulher falou sorrindo.
-Pega meu número pra ligar na hora de buscar vocês.- Tainá colocou o número dela na agenda e elas se despediram, Lara deu um beijo bochecha da mãe e saiu do carro logo após.

A morena ainda estava segurando as duas mochilas nas costas.

- Tudo bem, ruivinha?- Tainá perguntou notando que a ruiva parecia nervosa.
- Tudo...- Sorriu de lado.- Só segura minha mão.- A morena assentiu e pegou na mão da Lara, com a outra mão tocou a campainha e em segundos Priscila abriu a porta.
- Finalmente, coisa rabugenta.- Puxou a amiga pela cintura e a abraçou apertado.

Seus olhos rapidamente foram parar na ruiva bonita ao lado da Tainá.

- Caprichou, hein. Que gata.- Soltou a amiga do abraço e abraçou a Lara do nada, que sorriu desajeitada e a abraçou de volta.- Prazer, me chamo Priscila.

......……………………………………….………………

Roi gays e lésbicas;-;

Enfim, b dia e bye seus cornos

Trust me / tailaraOnde histórias criam vida. Descubra agora