Trust me / tailara

3.

No dia seguinte, Tainá acordou determinada, tinha em mente fazer a vizinha falar. Tomou banho, colocou uma roupa confortável e almoçou com seus pais, e irmãos. Todos notavam que a garota estava meio calada, mas ninguém comentou nada a respeito e quando terminaram de comer, até livraram ela de lavar a louça, passaram a vez pro alef.

- Mãe, o que acha de convidar os vizinhos pra almoçar aqui qualquer dia?- Falou sentando ao lado de sua mãe, no sofá.- Eles são donos do Albuquerque's Restaurant.
- Você quer ver a vizinha.- Alef falou aparecendo na sala, fazendo a garota o ignorar.
-Não é uma má ideia, precisando de amigos novos no bairro.- Sua mãe falou , também ignorando o filho.
- E tenho que entregar a cesta que a menina ignorou. Ela é meio triste....- Tainá falou encostando a cabeça no sofá.- Mas ela é tão bonita.
- Você falou noventa vezes que ela é botina.- Sua mãe disse rindo , fazendo a filha rir também.- então vamos lá.- Falou olhando Tainá.- já deixo a cesta e você vê a "menina bonita".- Falou a mãe Tainá.
Tainá não poderia estar mais feliz, foi correndo até a cozinha, pegou a cesta negada pela vizinha e entregou pra sua mãe

As duas saíram de casa em direção a casa ao lado.

- Oi, me chamo Mariana, sou a vizinha da casa ao lado.
-Oi.- Estendeu a mão, cumprimentando ela.- prazer sou o Miguel. Sejam bem vindas ao bairro.
-Vim deixar essa cesta, passamos aqui ontem e Tainá disse que não foi recebida muito bem.
- Nossa filha deve ter atendido ela.- Miguel falou pensativo.- Mas obrigado e pode entrar, vou chamar minha esposa.- Tainá so faltou empurrar sua mãe pra entrar logo na casa da vizinha e quando entraram, ela se decepcionou um pouco por não ver a "menina bonita" ali, mas seus olhos gostaram de bela casa, era enorme e extremamente arrumada.

Miguel desceu a escada com karla, que foi super simpática com as duas. Agradeceu pela cesta e chamou elas pra tomar um chá na cozinha.

- Tenho uma filha da sua idade.- Falou olhando pra Tainá
- E onde ela está? - perguntou curiosa, fazendo sua mãe dar um pequeno chute por baixo da mesa.

Tainá encolheu os ombros e sorriu inocente.

- Lara não é muito de sair do quarto.- A garota gostou do nome que ouviu, percebeu que a "menina bonita" também tinha o nome bonito.
-eu posso ver ela?-Karla pensou bem antes de responder a pergunta, mas percebeu sua filha preciso de amigos e Tainá parecia ser uma boa garota.
- Claro!- Sorriu amigável.- Só não se assuste se ela não for muito receptiva. É o primeiro quarto a esquerda, após a escada.
- Obrigada!- Tainá levantou em êxtase da cadeira, queria muito ver ruiva de novo

Respirou fundo enquanto subia a escada. "seja legal comigo, lara. Por favor" era única coisa que passava pela sua cabeça até chegar no último degrau. Encheu o peito de coragem ao bater na porta do quarto, mas não ouviu nada. Ao bater de leve mais uma vez, a porta abriu lentamente com pequeno impacto. Tainá colocou a mão na maçaneta e pensou duas vezes de empurrar a porta vagarosamente. E assim que abriu, se deparou com um quarto completamente escuro , a única luz que deixava ver um pouco do cômodo, era a da janela que invadia. A verdade é que lara ouviu as batidas na porta e estava de olhos fechados deitada na cama. Ela não queria abrir a porta, pois "sabia" que era a mãe dela perturbando seus pensamentos.

- Lara?-Ouviu uma voz diferente e ao mesmo tempo sabia de quem era, abriu os olhos, mas não quis se mexer.- Você está acordada?- Tainá encostou na parede e sem querer a cabeça dela encostou no interruptor, acendendo a luz.

Ela percebeu duas camas no quarto e deduziu que lara tinha um irmão. Olhou pra cama da ruiva e ela estava deitada de olhos abertos, Tainá achou estranho a menina nem se quer olhar pra ela.

- Desculpa entrar assim.- Falou envergonhada.- Queria ver você.- Lara sem querer olhou pra Tainá e a garota de olhos castanhos sentiu seu corpo tremer com k olhar, era primeira vez que a garota olhou pra ela.- Se você quiser posso sair....- sorriu quadrado.

Ela queria que a lara falasse com ela, nem que fosse pra xingar.

- Você ainda está triste- Perguntou se próximo da cama.- ontem você estava pra baixo.- Tainá notou que lara estava meia magra demais.

Seu rosto pálido e com olheiras não deixaram a morena deixa pensar o quanto a ruiva era linda.

- Porque você não fala comigo?- Perguntou cruzando os braços.

Lara queria falar com Tainá , mas ao mesmo tempo não estava afim de fazer amizade com ninguém.

- Eu vou sentar e esperar você falar alguma coisa.- Tainá não ia desistir de ouvir voz da ruiva.

Olhou pelo quarto em busca de um cadeira mas não achou, então sentou na cama ao lado e Lara levantou na mesma hora pra empurrar a morena com Tudo no chão.

- Você é louca? - Tainá Perguntou incrédula levantado do chão.- Porque diabos me empurrou? - A ruiva estava com raiva no olhar, seu pulso fechado e respiração ofegante.

O que Tainá não sabe, é que sentou na cama do lyncon e aquilo mexeu com Lara de todos os jeitos. A ruiva colocou as mãos no rosto e começou a chorar desesperadamente, ela era muito sensível em relação as coisas do seu irmão apenas karla pode tocar nas coisas dele e ver Tainá sentando naquela cama fez seu sangue ferver. Tainá não estava entendendo nada. Não sabia o que fazer e ao ver Lara chorar daquele jeito, percebeu que aquela garota não sofre desde ontem a noite. Percebeu que ela esta sendo machucada a muito tempo. Em uma tentativa de tentar abraçar Lara , Tainá levou outro empurrão. Não sabia que nesse momento, a ruiva a odiava.

- fica aí chorando então! Foda-se.- Falou irritada, saindo do quarto.- garota estranha.

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