27.

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Lara resolveu ir pra casa já que estava tarde, eram duas da manhã e Tainá teria que ir pra aula, não queria a morena se atrasando.

- Amanhã não vamos nos ver, anjinho. - Tenta falar com seus pais.- Tainá falou tristinha em frente à porta da ruiva, que suspirou e escondeu o rosto em seu pescoço.- Promete que vai ficar bem?- A abraçou apertado.

- Prometo.- Lara sussurrou entre o pescoço da morena.- Promete que vai estudar e ir bem nas provas?

- Prometo.- As duas se olharam e deram um sorriso antes de selarem seus lábios.

Tainá afundou a mão no cabelo ruivo da Lara, que abraçava a cintura dela suspirando em sua boca. Finalizaram o beijo com uma pequena mordida no lábio inferior.

- Boa noite, baby.

- Boa noite, anjinho.- Ficou na ponta dos pés e deu um beijo delicado na testa da vizinha que sorriu boba pelo gesto.

A mais velha ia tocar a campainha mas Lara a puxou pela cintura e beijou seus lábios de novo. Emaranhou as mãos no cabelo de Tainá enquanto suas línguas desfrutavam suas bocas. Elas não queria sair daquele beijo mas foi preciso devido à falta de ar.

- Uau...- A morena falou ofegante contra a boca da Lara, que riu envergonhada e lhe deu um selinho.- Você tem mesmo que ir pra casa?- Fez uma carinha triste.
- Você precisar ir porque tem aula cedo e tem que dormir bem pra concentrar nas aulas com sua amiga Loma.- A ruiva falou brincando com algumas mechas do cabelo de Tainá, enquanto a mesma abraçava sua cintura sem intenção alguma de tirar ela de seus braços.

- Você parou pra pensar que estamos na porta da sua casa nos beijando? Falou rindo e Lara se deu por conta logo depois.

- Imagina se meus pais abrem a porta e estamos aos beijos.- Riu ao imaginar, mas Tainá ficou apreensiva e saiu do abraço.

Ela não queria confusão com os pais da Lara.

- Você falou que ia estar comigo quando eu fosse tentar falar com eles, Tainá. E eu vou.- Sorriu de lado.- Tiro um tempo livre essa semana, tá bem?- A ruiva assentiu.

Depois de mais um beijo, Tainá tocou a campainha e Karla abriu com a maior cara de sono, semi cerrou os olhos e apenas fez um sinal com as mãos pra Lara entrar. Estava com sono demais pra falar. Lara deu um pequeno beijo na bochecha de Tainá e entrou dentro de casa.

[..]

Tainá levantou mais cedo do que o normal, tomou banho e organizou os cadernos dentro da mochila. Colocou uma calça cinza e uma camiseta branca, calçou o tênis e desceu a escada com uma alça da mochila nas costas.

- Bom dia, amores.- Falou animada sentando ao lado dos irmãos no sofá.

Leandro e Alef trocaram cúmplices olhares desconfiados. Ver a irmã animada pela manhã não era normal.

- A noite foi boa com a vizinha?- Leandro sorriu malicioso.

- Ótima.- Tainá falou sorrindo, mas logo percebeu o tom malicioso do irmão. - Não fizemos nada, antes que vocês perguntem.

- Eu acho que fizeram.- Alef falou rindo e apontou pro pescoço da Tainá, que pegou o celular e viu o reflexo de uma pequena mordida ali, sorriu lembrando da ruiva.

- Isso não quer dizer que aconteceu alguma coisa.- Revirou os olhos.

- Se você diz - Leandro falou pra provocar a irmã.

- Vamos? São quase sete horas.- Revirou os olhos novamente.

Quando chegaram na escola, Tainá prendeu a bicicleta e foi encontrar suas amigas como de costume.

- Conta TU-DO!- Kelly falou correndo até a morena, logo Loma e Priscila também.

- Tudo o que?- Riu confusa.

- Contei pra elas sobre você, eu e sua paixãozinha na sorveteria.

- Não acredito que a Loma conheceu ela primeiro que eu.- Priscila disse cruzando os braços.

- Nem eu! Injusto.- Kelly também cruzou os braços.

- Foi coincidência, horas.- Tainá deu de ombros.- Um dia vocês vão conhecer ela. Eu prometo.

- Ela realmente bateu na Pamela?
- Bateu, Kelly. Estou com medo disso. - Suspirou preocupada.- Ela me ligou pra dizer que vai se vingar.

- Pamela vai acabar com a vida da Lara, você sabe disso né?- Priscila falou seria.

- Eu não vou deixar ela encostar um dedo naquela garota! Lara já sofreu o bastante.- Tainá falou firme, fazendo as amigas trocarem olhares curiosos.

- Ela sabe que vocês são vizinhas e sabe onde sua paixãozinha mora.

- Como sabe disso?- A morena perguntou apavorada.- Ela foi lá em casa me buscar, mas nem comentei sobre a Lara.

- Tainá, ela é a Pamela!- Loma disse em um tom óbvio.- Você se envolveu com a garota mais sombria, má, popular e bonita do colégio. Ela sabe tudo.

- Não tenho medo dela.- Deu de ombros.- Se ela quiser implicar comigo tudo bem, mas se for atrás da Lara eu vou demolir ela e vocês vão me ajudar.
- Eu vou! Adoro uma briga.- Priscila comemorou e Tainá riu da reação.
-Sem duvidas vamos ajudar, Tainá.- Kelly disse tranquila.- Você realmente gosta da Lara, não é?

- Tanto!- De um sorriso bobo.- Aquela garota é incrível.

- Está gamadinha mesmo! Oownn, isso é tão fofo vindo de você.- Loma apertou bem forte as bochechas de Tainá, que reclamou da dor mas o sorriso bobo não saia de seus lábios.
- Trouxa mesmo.- Kelly debochou. - Deus me livre, nunca quero me apaixonar.- Priscila olhou incrédula pra ela.

- Depois conversamos sobre isso, idiota.- Priscila bateu no ombro da Kelly e ela riu se rendendo.
- Só espero que a Pamela não seja tão cruel.- Tainá falou com medo, não suportaria alguém machucando Lara novamente.

- Falando nela...- Priscila apontou discretamente pra entrada do colégio.

Pamela usava uma jaqueta de couro preta, calça rasgada preta, coturno preto, óculos de sol preto...Enfim, estava toda de preto, como sempre. Em seu nariz um enorme band-aid cobria quase toda aquela região e em sua testa um curativo. Todos olharam pra ela na mesma hora, ninguém imaginava ver a senior da escola usando curativos em seu rosto. Andava com seu ar de superioridade e atrás mais duas garotas, como sempre. Pamela passou pela Tainá e a lançou um olhar mortal quando tirou os óculos de sol. Parou em frente à morena e cruzou os braços, logo as duas meninas atrás a imitaram. Priscila, Kelly e Loma engoliram a seco pela expressão de Pamela.

- Eu quero o nome, sobrenome e endereço daquela LOUCA que me agrediu.

- Não.- A morena deu de ombros e todos na volta delas se olharam espantados.

- Ninguém diz não pra Pamela Drudi.- Ela estava vermelha de raiva e Tainá riu.

- Mas eu disse.- Sorriu de lado.- E repito...Não! Você não vai tocar um dedo naquela garota.

- Lara, não?- Pamela sorriu vitoriosa e Tainá arregalou os olhos.- 17 anos, sua vizinha, mora ao lado da sua casa. Eu sabia que você ia me negar as respostas, então passei meu resto de domingo inteiro só pensando nisso. Mas eu tive boas fontes.- Olhou de canto pra Loma, mas ninguém percebeu a não ser a mesma, que desviou os olhares rapidamente e fitou o chão.

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Pega fogo cabaré 🔥🔥🔥🔥🔥🔥🔥

:)

5/10

Trust me / tailaraOnde histórias criam vida. Descubra agora