Tainá passou o final de semana doente. Não sabem qual foi a causa, mas o médico disse que era uma gripe forte. A morena ficou deitada na cama, sua namorada a mimava horrores levando sorvete, assistindo vários filmes e enchendo de beijinhos. Segunda feira chegou e Lara acordou animada as seis da manhã. Desligou o despertador e olhou para o lado, viu sua morena deitada de bruços e deu um sorriso.
- Ei, psiu...- Falou baixinho, fazendo carinho em suas costas. Acorda, vamos para a escola.- Deixou um pequeno beijo em sua nuca.- Amor...- Falou calma.
Tainá resmungou alguma coisa, mas quando acordou, ficou de frente e tentou abraçar a cintura da ruiva, só que estava fraca demais para isso.
- Acho que não vou conseguir, amor.- Murmurou, voltando a fechar os olhos.- Meu corpo dói.
- Ainda não melhorou? - Lara perguntou tristinha e deitou a cabeça no peito da namorada, que levou sua mão lentamente até as mechas de seu cabelo ruivo.
- Queria ir com você no seu primeiro dia.- Disse magoada e a ruiva a olhou na mesma hora.
- Não tem problema...- Selou seus lábios, fazendo carinho em sua bochecha.- Tem a Priscila, Kelly e Loma.
-Sim, mesmo assim eu queria estar com você.- Olhou nos olhos castanho.- Talvez eu consiga ir.
-Tudo bem, meu amor.- Sorriu de lado.- Você não pode fazer muita força, está toda gripadinha...- Beijou seus lábios.- Eu vou ficar bem.
- Amo você.- Tainá lhe deu um selinho.- Muito.
- Amo você, amor.- Outro beijo.- Vou tomar um banho. Volte a dormir, tá bem?- Fez carinho em seu cabelo.Claro que Lara estava apreensiva de que Tainá não vai, mas também sabe que Priscila, Kelly e Loma não vão a deixar na mão. É horrível se sentir perdido, sem amigos, no meio de tanta gente. Ainda mais em uma escola nova. A ruiva levantou da cama, mas antes deu outro beijo na namorada, que já estava dormindo de novo. Antes de tudo, avisou seu pai para levar ela na aula. Depois, tomou banho, se arrumou e desceu a escada. Miguel estava radiante por sua filha começar a frenquentar a escola de novo, sentia que estava tudo voltando ao normal.
[...]
Ao chegar, Lara andou trêmula até a entrada, quando colocou os pés no ambiente escolar, sentiu milhares de olhares e obre si. Todos já sabiam que ela era a novata, Pamela fez o boato ser espalhado tão rápido e a ruiva não estava sabendo de nada. Olhou para os cantos, já constrangida com todos a olhando, mas deduziu que era por ser nova ali.
- LARAAA!!!- Priscila gritou animada, ao ver a garota quase encolhida na entrada da escola.- Que bom ver você aqui.- A abraçou apertado.
- É bom ver você também.- Falou sorrindo, feliz por ver um rosto familiar.- Porque as pessoas estão nos olhando?- Sussurrou, olhando para os lados.
- Deve ser porque você é novata.- Priscila falou, mas já sabia do boato que foi espalhado e ela não poderia deixar a amiga saber disso.- Mas deixa pra lá... Deu de ombros.- Cadê a coisa camimhoneira? - Lara riu pelo apelido.
- Ela passou o final de semana inteiro doente e hoje não estava bem para vir.
- Ah...- Priscila fez um biquinho.- Coitadinha da minha Tainá...- Pegou na mão da ruiva.- Vem, vamos lá na kelly e na Loma.- A puxou.Enquanto as duas andavam até as amigas, Lara estava se sentindo tão desconfortável, as pessoas a olhavam e sussurravam entre si. Será que estavam falando mal dela? Será que a acharam esquisita? Em sua cabeça haviam mil perguntas sobre isso, estava tentando ignorar mas eram muitos olhares sobre si, muitos cochichos. Priscila também estava notando aquilo, mas não falou nada, não queria deixar a amiga triste logo no primeiro dia ali. Kelly e Loma também estavam sabendo dos boatos, combinaram de ignorar isso. As quatro estavam conversando nos corredores, mostraram onde ficava o armário da ruiva e logo o sinal bateu, avisando que a aula iria começar. Ao entrar na sala de aula, sentou de dupla com a Loma e logo ouviu, atrás de si uma voz masculina.
- Nossa, agora a escola faz matrícula para assassinas?- E logo a dupla dele riu.
Lara sentiu seu estômago embrulhar, percebeu que aquilo foi para ela. Loma também ouviu, mas fingiu que nada aconteceu. A ruiva respirou fundo e negou com a cabeça, não sabia porque aquele garoto falou aquilo, talvez nem fosse para ela. Durante a aula de literatura, estava prestando atenção e sentiu algo duro e pequeno sendo jogado em sua cabeça. Ela franziu o cenho e colocou a mão no local. Com a outra mão, pegou o que jogaram nela, era uma borracha um tanto quanto grande. Na borracha, estava escrito "Assassina". Seus olhos encheram de lágrimas, sentiu seu sangue ferver.
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Trust me / tailara
RomanceLarissa Albuquerque entra em depressão profunda depois de perder seu irmão gêmeo em um acidente de carro. Não fala , não sai de casa , não quer comer e não quer viver há sete meses. Os pais da garota não sabem mais o que fazer. Depois de tantos psi...