Trust me / tailara

59.

Enquanto Tainá pedalava até a escola com Leandro, pensava sobre pedir o carro pro Carlos de novo. Depois de andar no carro do Miguel, ela percebeu que era tudo mais fácil com um carro e não com a bicicleta velha e quase enferrujada dela. Quando chegou na escola, prendeu a bike e os irmãos se separaram, indo encontrar seu grupo de amigos. Priscila viu a amiga de longe e começou a gargalhar, cutucou Loma e Kelly, que olharam pra ela e não seguraram o riso.

- Qual é?- Tainá disse revirando os olhos.- Vão dizer que estou um camarão, pimentão?
- Não.- Priscila disse séria.- Eu diria tomate!!!!- Começou a rir de novo.
- Cala a boca.- A morena bateu em seu ombro.- Idiota.
- Lara avisou do protetor soltar.- Loma falou rindo.- Olha só, parece um sinal vermelho.
- Parece que jogaram água quente em você!- Kelly disse com a mão na barriga de tanto rir.- Pior de tudo é a marca do óculos.
- Ok, já chega.- A morena falou mais vermelha ainda de raiva.- Chega de bullying por hoje.
- Desculpa, mas eu vou ter que fazer isso...- Priscila disse e deu um tapão nas costas da amiga.
- PRISCILA SUA FILHA DA PUTA! CARALHO, QUE DOR DA PORRA!- Gritou desesperada de dor, suas costas estavam ardendo como inferno.- VAI SE FODER! VAI TOMAR NO MEIO DO SEU...
- Tainá Costa, que palavreado é este?- O diretor falou incrédulo quando estava passando pelos corredores e ouviu tudo aquilo.- Eu não quero esses palavrões dentro da minha escola.- Priscila, Loma e Kelly estavam segurando o riso, elas já estavam vermelhas como a amiga.
- Desculpa...- Tainá disse cabisbaixa, mas na verdade queria gritar mais palavrão pela dor que estava sentindo.
- Da próxima ve...- A morena foi salva pelo sinal indicando que a aula havia começado, praticamente saiu dali correndo e deixou as amigas paradas segurando o riso.

O resto da aula foi normal, mas no intervalo, enquanto estava conversando com as meninas seu celular vibrou no bolso da calça.

- Alguém mandou isso.- Mostrou o celular pra elas.- Não entendi.
- Mas o que você fez?- Loma perguntou confusa.
- Eu não sei.- Disse encolhendo os ombros.- Também quero saber o que fiz.
- Responde logo.- Priscila falou impaciente.- Deve ser a puta da Pamela.