Cap. 7 - Garrett

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Pov Camila Cabello

Meu celular tocou quando eu estava prestes a descer as escadas da estação para pegar um trem para o centro da cidade. Ao ver que era a Dinah, subi de novo até a calçada, para não perder o sinal. Eu não estava com pressa para
chegar em casa.

– Olá, Sra. Grosso.

Ela suspirou.

– Algum dia você vai conseguir dizer o meu novo sobrenome sem cair na risada?

– Não contaria com isso se eu fosse você. Ainda não tô acreditando que você trocou Dinah P. Hansen por Dinah P. Grosso.

– Vou ignorar as suas piadinhas ridículas porque estou em clima de lua de mel.

– Piadinhas ridículas? E eu que pensei que o sobrenome do seu marido fosse um bom sinal.

Ela riu.

– Estou a caminho do aeroporto, vamos embarcar para Aruba. Mas antes queria lhe falar uma coisa.

– O quê?

– A Lauren está enchendo o saco do meu marido para ele dar seu telefone. Ela disse que você deu o número, mas que deve ter digitado errado. Será que você digitou errado?

– Não. Eu dei o número certo... da Eden.

– Eden? Não me diga que você ainda distribui telefones de disque-sexo aos vinte e oito anos de idade.

– Claro que não.

– Então quem é Eden?

– É uma acompanhante que, por coincidência, tem um número de telefone parecido com o meu.

Dinah deu um suspiro.

– Então estou entendendo que você não quer que a Lauren tenha seu telefone real?

– Ela é uma badgirl que vive a cinco mil quilômetros daqui. Pra quê?

– Tem razão. Mas ela é uma garota bem bacana. Achei que vocês tiveram muita química.

– Experimentos químicos levam a explosões.

– Tá. O Derek não vai dar o seu número, apesar do fato de a Lauren estar enchendo o saco dele há dias. – Ela respirou fundo. – E como a Izzy está? Passou uma boa semana com a avó?

– Ela disse que nunca mais vai voltar para lá. Detesto admitir, mas me senti um pouco melhor quando soube que a Izzy também não gosta dela.

– Vocês precisavam de férias uma da outra.

A minha enteada, Isabella, mora comigo há dois anos. Bom, tecnicamente, eu poderia dizer que ela mora comigo há três, pois o Garrett e eu ganhamos a guarda dela quando a ex-mulher dele faleceu. Izzy perdeu a mãe para o
câncer quando estava no oitavo ano. Depois, na metade do nono ano – dia 31 de outubro, para ser exata –, ela perdeu o pai também. Só que dessa vez não para uma doença.

No meio da festa de Halloween que havíamos organizado, o meu marido foi preso por estar envolvido em um esquema de pirâmide na
reconhecida firma de investimentos dele. Na ocasião, ele estava vestido de pirata – nada mais irônico.

– Sim, precisávamos dessas férias. Ela até que tem sido educada comigo desde que voltei. Mas isso vai mudar. Domingo é dia de visita. O mau humor dela em geral atinge o auge na semana seguinte à visita à cadeia. E, neste mês, escrevi uma carta pedindo para ele contar que ela terá que sair da escola particular no ano que vem, porque não consigo mais pagar. Então acho que ela ficará especialmente chateada.

CAMREN: Amigas Com Benefícios (G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora