Cap. 34 - Sinal Verde SinalVermelho 1-2-3

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Pov Camila Cabello

Lauren colocou a caixinha dela na mesa e bebeu o restante do vinho na taça dela.

– Vem cá, mamãe gostosa.

Ela estendeu a mão para mim.

Quando dei a minha mão, ela me puxou para seu colo. Sentei com uma perna de cada lado, de frente para ela.

– Nunca trepei com uma mamãe gostosa.

Eu sorri.

– Você é vulgar demais.

Lauren entrelaçou os nossos dedos e o rosto dela ficou sério. Ela olhou nos meus olhos.

– Está tudo bem entre nós?

– Está – suspirei.

– Não é o que os seus olhos estão dizendo.

– O que quer dizer?

– Ou eles me dizem que você me quer ou que quer fugir de mim. Não há meio-termo. Quando eu era pequena, meu irmão, o Derek, eu e todos os meninos da vizinhança, jogávamos um jogo chamado Sinal Verde Sinal
Vermelho 1-2-3. Alguém gritava "eu!" e o objetivo era conseguir pegá-lo enquanto cantava "sinal verde, sinal vermelho, 1-2-3". Mas, a qualquer hora ele podia gritar "sinal vermelho!" e aí o jogo mudava e todo mundo
tinha que ficar paralisado no lugar e parar de correr.

Franzi a testa.

– Eu conheço o jogo, mas o que isso tem a ver comigo?

– Você é o "eu". Eu avanço, mas sinto que, a qualquer minuto, você vai gritar "sinal vermelho!" de novo e vou ter que ficar paralisada. Paralisada e com um incômodo no meio das pernas.

Embora a analogia fosse um pouco maluca, até que fazia sentido. Eu vinha mandando sinais verdes e vermelhos desde o dia em que nos conhecemos, procurando desculpas para fugir. Mas tudo se resumia a uma verdade.

Olhei para as nossas mãos e ergui os olhos até os verdes dela.

– Morro de medo de você, Lauren. Mas não consigo fugir.

Ela continuou me encarando.

– Não há aventura sem um pouco de medo.

Naquele momento, decidi dar uma chance. Eu já tinha me machucado e já tinha me curado. Fui ao fundo do poço, mas consegui me reerguer. Não estava pronta para pensar no resto da minha vida, então por que não viver
essa aventura?

Respirei fundo e cantei baixinho para Lauren:

– Sinal verde, sinal verde, 1-2-3.

Houve um momento de hesitação no olhar dela e a testa se franziu.

– Acabou o sinal vermelho. Daqui para frente, só sinal verde.

Ela pegou a minha nuca e me puxou para ela. Os nossos lábios colidiram em um beijo que começou diferente de todos os outros.

Em geral, os meus protestos acabavam resultando em línguas e dentes batendo. Mas, dessa vez, não eram os protestos que alimentavam a nossa paixão; era a liberdade, o fim da frustração que estava nos segurando antes.

O nosso beijo foi mais lento, mais profundo, mais sensual. Aquele tipo de beijo que faz parecer que você nunca beijou antes.

Senti o pau dela crescer entre as minhas pernas e, inconscientemente, comecei a me esfregar para cima e para baixo conforme o nosso beijo se intensificou.

Os dedos de Lauren agarraram o meu cabelo e ela gemeu.

– Vai devagar, linda.

– Eu não quero, chega de ir devagar – sussurrei, mexendo-me com mais força.

CAMREN: Amigas Com Benefícios (G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora