Cap. 32 - Me Espere Pelada

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Será que agora vai??? 🌚😂

Pov Camila Cabello

Eu estava uma pilha de nervos.

Tinha conseguido me ocupar durante a semana e não passei muito tempo pensando no encontro que estava por vir, ou melhor, no fim de semana que estava por vir, com Lauren.

Isso até agora. Eram duas da tarde na sexta-feira e eu já tinha acabado todas as consultas e feito todas as anotações sobre os meus pacientes.

Esperando dar uma relaxada e esfriar a cabeça, preparei um banho de banheira com uma fragrância de ervilha-de-cheiro que havia
comprado na volta para casa, no dia anterior.

Como o resto do apartamento, o banheiro era pequeno, então virava uma sauna a vapor só de encher a banheira. Como a Izzy não estava em casa, deixei a porta aberta para que o vapor saísse e também para que desamarrotasse as minhas roupas. Fechando os olhos, respirei fundo aquele aroma maravilhoso do jardim da minha avó. Era tudo de que precisava.

Meu celular vibrou em cima da pia, interrompendo a minha paz. Meus olhos se abriram de sobressalto.

Dando de cara com um olhar penetrante
sobre mim na beirada da banheira, pulei para fora e derramei metade da água no chão. Para completar, quase escorreguei no azulejo.

O gato.

A porcaria do gato.

Era de se imaginar que a presença de só um olho me daria uma dica de quem era.

O Gatileu Gatilei tinha entrado e se acomodado na borda da banheira, e quase me matou de susto. Da forma intensa como ele continuou me olhando, não vi alternativa a não ser puxar a toalha e me cobrir.

Sério? Eu estava à beira de um ataque de nervos.

Respirei fundo algumas vezes e fui pegar o meu celular, uma vez que foi o fato dele ter vibrado que gerou toda aquela catástrofe. Me dei conta de que o celular não estava mais sobre a pia.

Senti um frio na barriga ao pensar no que poderia ter acontecido. Inspecionei todo canto, deixando o pior por último.

Não estava no chão.

Não tinha caído dentro na pia.

Não pulou para dentro da lata de lixo.

Meus olhos se viraram para a banheira.

Merda.

Lá estava o meu telefone – no fundo da banheira cheia até a metade.

No meu frenesi, devo ter esbarrado e o deixado cair na água. Eu o peguei, mas, claro, já era tarde demais. O celular estava mortinho, e não parecia que poderia ser ressuscitado.

Embora eu tivesse ficado aborrecida, não havia nada a fazer naquela hora, então sequei o telefone na toalha e tentei voltar à banheira.

Como não encontrei forma de relaxar, decidi começar a me arrumar. Raspei até o último
pelo das minhas pernas e das axilas, depois verifiquei se a depilação na virilha, feita por mim no dia anterior, estava bem-feita.

O Gatileu ficou sentadinho na borda da banheira, calmamente lambendo e limpando as
patinhas. Eu tinha combinado com a vizinha, a Sra. Whitman, que também tinha um gato, que cuidasse dele no fim de semana. Talvez o Gatileu Gatilei estivesse se preparando para o encontro dele também.

Arrumar a mala era, por si só, um desafio.

Peguei a minha lingerie com mais renda, mas não sabia o que vestir além disso. O que resultou em uma mala grande demais – algo para ficar em casa, algo para sair, jeans e
camiseta... E se chovesse? Imaginei a cara da Lauren se eu aparecesse com capa de chuva e galochas, mais duas malas. A coitada teria um ataque do coração. Ia achar que eu estava me mudando para lá.

CAMREN: Amigas Com Benefícios (G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora