XXXI.

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Daniel Seavey.

Curiosamente, Nora não tinha falado comigo no jantar da noite passada. Ela sequer mantinha os olhos nos meus. Quando acordei, encarei o teto por alguns minutos e me levantei. Hoje era dia do jogo e eu não podia estar mais ansioso.

Não comi muito no café, até porquê meu estômago não colaborava com isso.

— Aonde está Nora? – perguntei a Katherine, que comia um pedaço de pão.

— Foi para a escola. Ela treinou muito ontem, dormiu cedo e acordou cedo. – Kath disse e eu concordei com a cabeça.

— Você acha loucura dizer que eu gosto dela? – indaguei e o clima pareceu ficar pesado. — Porquê eu gosto muito.

— Não vou te julgar... Nora pode ser uma pessoa maravilhosa e que faz você se apaixonar rapidamente. Você gosta mesmo dela?

— Muito. Tipo, de uma forma inexplicável. Ela me dá uma energia, uma vontade de viver que eu nunca senti com ninguém. – falo e sorrio involuntariamente.

— Dê tempo ao tempo. As coisas vão se ajeitar. – Katherine falou e eu sorri fraco.

Parecia que o dia não passava. Eu estava na aula e aquela maldita hora não mudava. Meu corpo inteiro implorava completamente por estar naquele rinque correndo atrás daquela porra de disco.

Quando o horário do almoço chegou, eu e os meninos do time estávamos sentados numa mesa.

— Então eu marco o Matthew? – Corbyn perguntou e eu concordei.

— Eu fico responsável pelo Alex. – falei, desenhando na mesa. — Zach, não perca a atenção na marcação das laterais. Jonah, atenção no Liam. Ele é forte demais.

Continuamos ali, discutindo estratégias por alguns minutos. Nora se aproximou da mesa, silenciosamente. Me levantei, indo em sua direção. Zach entrou em frente eu murchei completamente.

— Vim te desejar boa sorte, caso não consiga te ver antes do jogo. – ouvi ela dizendo. Meu coração se partiu em mil pedacinhos.

— Obrigada, linda! – Zach a abraçou e eu semti meus olhos marejarem.

Inesperadamente, Kaia se aproximou. Ela me abraçou por trás e depositou sua cabeça em meu ombro.

— Boa sorte no jogo hoje... Ainda quero meu gol! – ela falou, com um enorme sorriso.

— Obrigado! – encostei minha cabeça na dela e segurei sua mão com força.

Nora estava ali pelo Zach. Aquilo me quebrou em mil pedacinhos. Meu coração palpitava toda vez que eu a via com o de bochechas vermelhas e eu podia me sentir a pior pessoa do mundo por causa disso. Por que era tão difícil amar alguém? Por que era tão difícil amar Nora?

cold as ice ⌗ daniel seavey.Onde histórias criam vida. Descubra agora