LX.

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Nora Willians.

— Vai, faz. – Katherine balançou a caixinha de teste de gravidez em minha frente e eu fiz uma careta, desesperada. — Vai logo Nora.

— E se eu tiver grávida? Eu pareço grávida? – me olhei no espelho do quarto de Kath e ergui minha camiseta, me olhando de lado. — CHUTOU! – gritei ao ouvir um barulho em minha barriga.

— Sim, o nome desse bebê aí é fome. – Katherine falou e abaixou minha camiseta, me empurrando para o banheiro. Parei na porta e olhei para ela com o teste nas mãos.

— E se o Daniel me largar? – perguntei, um pouco nervosa com tudo aquilo.

— Você acha mesmo que ele vai te largar por causa de uma criança? Nora, pelo amor de Deus. O sonho desse garoto é ser pai. – Kath disse e eu fiz uma careta meio engraçada. — Faz esse teste. Você não está grávida.

— Tá, tá! – falei e entrei no banheiro.

Que cena devastadora era fazer xixi em cima de um palitinho. Acho que foram os três minutos mais longos da minha vida. Fechei os olhos esperando o resultado. Quando o resultado estava no palitinho, respirei fundo e abri os olhos, o que me fez soltar um grito.

— VOCÊ PREFERE JACOB OU ELIZABETH? – Kath arrombou o banheiro, desesperada.

— DEU NEGATIVO! – gritei e joguei o palitinho para o alto. — NÃO ESTOU GRÁVIDA!

— EU SEMPRE SOUBE!!!!! – Kath se jogou em cima de mim e nós começamos a pular abraçadas pelo banheiro.

Eu queria muito ser mãe, mas não agora. Eu tinha acabado de entrar na faculdade, quais as chances de eu engravidar justamente agora?

— Me lembre de não deixar você me ajudar a escolher os nomes dos meus filhos... – falei encarando Kath e ela concordou em silêncio.

— Agora vamos descer porque os meninos estão nos esperando... – Kath disse saindo do banheiro. — Ei. – ela parou no meio do quarto e me encarou. — Seria muita maldade zoar o Daniel dizendo que ele vai ser papai? – Kath disse com um sorriso malicioso.

— Sim, seria. E eu não quero matar meu namorado, por favor, vamos logo. – Kath soltou um grunhido de tristeza e eu saí a empurrando pela escada.

Lá de cima, pude ver Daniel com as pernas tremendo e Corbyn ao seu lado - provavelmente tentando dar um apoio moral e falhando.

— E aí? – ele disse quando chegamos ao fim da escada.

— Você prefere quarto laranja ou amarelo? – Katherine me perguntou e Daniel arregalou os olhos. Dei um tapinha no braço dela e ela riu.

— Não é dessa vez que você vai ser pai. – falei e vi um grande peso descansar das costas de Daniel. O encarei quando Corbyn o abraçou e disse algo como "Graças à Deus".

— Amor, eu quero ser pai... Só não agora... – ele disse, resmungando e com os olhos de cachorro abandonado me encarando.

— Se eu tivesse grávida... Eu queria que pelo menos puxasse os seus olhos! – fiz beicinho e Daniel me abraçou enquanto ria.

cold as ice ⌗ daniel seavey.Onde histórias criam vida. Descubra agora