• XII

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Amélia Rodriguez

Tínhamos acabado de chegar na casa do dominicano e já demos de cara com uma garota linda, com os cabelos lisos e características asiáticas, sorrindo para nós.

— Oi, prazer eu sou a Olivia! — ela dizia animada estendendo a mão enquanto entrávamos.

— Prazer, Olivia. Esse é o Zabdiel e eu sou a Amélia, mas pode me chamar de Lia.

O loiro acenou com a cabeça, sorrindo, e caminhou até a cozinha para encontrar o dominicano. A morena trouxe duas taças com vinho, nos sentamos na sacada enquanto esperávamos o jantar ficar pronto e começamos a conversar.

— Então você é a famosa Lia de quem tanto ouço falar. Me conta, você e o Zabdiel estão juntos? — Olivia disparou numa rapidez que me fez engasgar.

— Não, nós somos apenas amigos, embora ultimamente muita gente esteja achando que somos um casal.

— Vocês ficariam tão lindos juntos! — olhou para o porto riquenho e depois parou seu olhar em mim — Richard fala muito bem de você, diz que são como irmãos.

— Ele é maravilhoso pra mim. Não querendo puxar o saco porque ele é meu amigo, mas você acaba de encontrar a pessoa com um dos corações mais lindos que eu já conheci.

— Eu tenho certeza que é! E ele também tem muita sorte de ter uma amiga tão leal na vida dele. Espero que possamos ser boas amigas também. — Olivia não parava de sorrir e aquilo me fazia querer sorrir também.

— Pode apostar que seremos! Vem, vamos tirar uma selfie. — falei puxando meu celular do bolso imediatamente e tirando uma foto de nós duas.

— Então as duas se deram bem, graças a Deus. — Richard apareceu rindo da cena — Não sei porque pensei que não seriam amigas, Amélia quase não gosta de falar e Olivia quase não é simpática.

— Se deu mal, Rich, agora você vai ter dor de cabeça em dobro. — Zabdiel também estava ali.

Nós quatro sentamos para finalmente jantar, Richard e Olivia fizeram um risoto de camarão maravilhoso, como sobremesa Zabdiel e eu compramos uma torta holandesa na padaria para não chegarmos de mãos abanando.
Ficamos conversando por um bom tempo, sem perceber a hora passar, o novo casal tinha uma energia tão boa, ficaria para sempre conversando com eles.

Nos despedimos quando o relógio marcava duas e meia da manhã, estávamos cansados e precisávamos aproveitar o resto dos nossos dias de folga antes de toda aquela correria de turnê começar novamente.

— Tem certeza que não quer dormir em casa?

— Não, Zab, pode ficar tranquilo. — dei um beijo em sua bochecha como despedida — Hoje você vai dormir em paz, mas vou sentir falta.

— Já me acostumei a dormir com mais gente em casa, quem vai sentir falta sou eu. Se mudar de ideia me liga! — assenti com a cabeça indo em direção ao meu bloco sentindo o olhar dele me acompanhando até a entrada.

Quando abri a porta do apartamento vi uma cena incomum: Christopher estava em casa. Na verdade, ele estava jogado no sofá todo torto, a TV ligada em um noticiário qualquer e seus tênis esparramados pela sala.

Always you | Christopher Velez Onde histórias criam vida. Descubra agora