• XLVII

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Narrador
(obs: a playlist da fanfic foi atualizada e a autora recomenda que escutem enquanto leem. Dar play em Rolex e tirar do modo aleatório https://open.spotify.com/playlist/5nre9H0LfjolDjolNJQIyP?si=H_pyph0wQy2kUVRJK2Dy4Q)

Amélia caminhava até a casa de seus vizinhos para o almoço, como de costume. Mas dessa vez sua mãe havia negado o convite, disse que estava cansada demais e precisava de mais algumas horas de sono, pediu que a filha fosse sozinha para não fazer desfeita com Yenny.

Assim que a porta se abriu, ela se surpreendeu com uma presença um tanto quanto inesperada ali. Sua melhor amiga estava parada ao lado da mesa e ela não fazia ideia de como isso tinha acontecido.

— Olivia? Meu Deus como você veio parar aqui? — correu até ela dando um abraço apertado de saudades.

Mesmo que estivessem distantes há pouco mais de uma semana, as duas sentiam falta uma da outra imensamente, mais do que palavras eram capazes de explicar. A conexão entre elas tinha sido fortalecida com uma rapidez tão inexplicável quanto a presença da americana ali.

— Seu aniversário é em dois dias e achou mesmo que eu passaria esse tempo longe de você? Peguei um voo o mais rápido que pude e tcharam! Uma pena que os meninos não puderam vir também. — ela abafou o riso.

Aquilo havia deixado Amélia um pouco chateada. Queria, mais do que nunca, passar seu aniversário rodeada das pessoas que mais amava no mundo e achava uma tremenda crueldade não poder fazer isso. Mas estava grata por ter Olivia ali.

Não fazia ideia de que bem ao seu lado, há poucos metros de distância, no quintal daquela casa, uma surpresa estaria esperando por sua presença. Talvez a mais especial delas.

Se preparavam para sentar na mesa e iniciarem a refeição quando ouviram um latido baixo. Lia reconhecera aquele latido como sendo de Ollie mas pensou estar ficando louca. Poderia muito bem ser um delírio, ela estava com saudades e a amiga estava ali a fazendo lembrar de todos os outros então talvez tenha sido isso que a fez pensar que era o latido de seu cãozinho.

— Querida, acho que a cachorrinha do vizinho entrou no quintal outra vez, você pode ir lá dar uma olhada pra mim, por favor? — a dona da casa perguntou para a morena.

Ela se levantou e andou até a porta grande de vidro que ficava na cozinha. Ao abrir se deparou com um quintal que estava completamente decorado com um grande piquenique. A toalha vermelha e branca se estendia pelo chão com uma grande cesta cheia de frutas e sanduíches, ao lado podia-se ver um grande buquê de flores com rosas e tulipas, as favoritas da garota. E então o mais surpreendente de tudo aquilo: um grande telão estendido bem em sua frente.

A garota não sabia o que pensar, não sabia do que se tratava mas sabia quem tinha feito tudo aquilo e isso bastava. Seu coração batia tão forte que ela acreditava que todo o Equador poderia escuta-lo. Procurava algum sinal dele em todo o quintal mas não conseguia encontrar nenhum resquício de sua presença.

Foi aí que um som deu início a uma contagem regressiva no telão. 10 segundos. Um nome apareceu no telão: ROLEX.

Amélia não entendia nada do que estava acontecendo, sentou-se em uma das almofadas que estavam ali na toalha para assistir algo que ainda não sabia o que era.

Quando a primeira frase da música começou a ecoar pelo local ela reconheceu aquela voz. Era Camilo. E uma música nova? Ela não reconhecia essa. Mas o mais surpreendente de tudo isso era que o vídeo que acompanhava a melodia era de Amélia e Christopher em um dos dias favoritos da garota, quando foram até Orlando passar um final de semana com os amigos. O fato era que não acabava por ali. Durante toda a canção, vários relatos dos dois passaram por aquele telão. Quando ela o presenteou com Ollie. O reencontro em La Banda, os dois cantando juntos em vários karaokês, em casa, cozinhando, aproveitando um dia de praia e muitos outros momentos especiais.

Always you | Christopher Velez Onde histórias criam vida. Descubra agora