Já estávamos na última aula da manhã, logo o sino iria tocar anuonciando que poderíamos partir.
Fazia minhas anotações conforme a professora ia citando coisas importantes. Logo senhorita Anne, nossa professora de História dá um suspiro olhando seu relógio de pulso dourado, ela olha para nós alunos e autoriza que guardássemos os materiais.
Olho de relance para trás notando Aidan guardando seu material, ele me olha e dá um sorriso.
Viro rapidamente para frente esperando o sino soar.
Não demorou muito, e ouvimos o som, a professora se despede de nós. Levanto rapidamente e saio da sala, sou uma das primeiras já que fico perto da porta.
Caminho rapidamente pelo corredor antes que o fluxo de pessoas saindo aumente. Saio do colégio e solto um suspiro, caminho lentamente pela calçada segurando as alças da minha mochila.
Olho de relance para trás e me surpreendo ao ver o menino desastrado logo atrás de mim. Aperto o passo. Olho mais uma vez ele parecia estar mais perto.
— Ei — ouço ele falar. — Espera aí.
Me viro esperando ele se aproximar.
— Você está me seguindo?
— Não, porque acha que estou fazendo isso?
— Você estava vindo atrás de mim.
— A rua é pública só estou indo para casa.
— Não estou dizendo que você não pode andar nela, só me parecia que estava me seguindo — volto a andar, agora com ele ao meu lado.
— Mas não estou.
Ficamos em silêncio, mas ele logo começa a falar novamente.
— Eu moro na segunda casa a esquerda após virar o terceiro quarteirão — ele diz apontando.
— Eu moro a duas quadras da escola.
— Então, moramos perto.
— Que coincidência — digo.
— Nada é por acaso — ele fala.
— Quê? — Indago.
— Nada é por acaso — ele me olha e sorri, desvio o olhar do seu. — Sabe o professor disse que eu teria que fazer uma maquete também então pensei que se você aceitasse minha ajuda eu poderia já estar aprendendo pra fazer a minha...
Frazo o cenho e o olho. Ele não iria desistir.
— Você não vai desistir, não é?!
— Por favor, me dê uma chance para me redimir... — ele faz cara de cachorro que acabou de cair do caminhão.
— Tá legal, mas vê se não enche meu saco — digo me rendendo.
— Não vou, obrigado pela chance. Tenho certeza que vamos nos dar muito bem. Quando começamos?!
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Violet
Teen FictionViolet perdeu a mãe no parto, então para ela seu aniversário tinha um significado um tanto quanto doloroso. A jovem garota não entendia como o destino podia ser tão cruel às vezes. O peso da culpa quando a data se aproximava lhe batia a porta do cor...