CAPÍTULO VINTE

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CAPÍTULO VINTE

ANO: 2050

Luanda: 22:40

Quarta-Feira

Osíris Kandimba

Estava do lado de fora do hotel, na parte traseira a espera do sinal do meu subordinado. A missão que dei pra ele era simples. Suba e descubra o quarto dele, visite quarto em quarto até achar aquele em que ele se hospeda e me dar um sinal e o resto eu resolvo. Ouvi barulho de um tiro no terceiro andar. Quando falei em me dar sinal eu não falava disso, mas um tiro também serve.

Coloquei as luvas e a máscara. Comecei a escalar a parede até o terceiro andar. Abri a janela de vidro devagar e com prudência. A porta de entrada estava aberta, Alisson apontava uma arma ao meu subordinado.

– Você bateu a minha porta e depois disse que achou que fosse seu quarto- só um tolo bate a porta do próprio quarto em um hotel em que cada quarto tem apenas um hóspede. Então vou perguntar de novo, quem mandou você? – Perguntou Alisson.

Comecei a caminhar na direcção dele, puxei uma pistola e coloquei o cano dela na nuca dele.

– Touchê! – Falei. - Baixa sua arma agora.

Ele largou, eu olhei para o jovem no chão e fiz um sinal com a cabeça para autorizar a sua fuga. Ele se levantou com dificuldade e começou a caminhar para fora do hotel.

– Você me segue! – Ordenei fazendo com que Alisson caminhasse para dentro de seu quarto, apanhei sua arma entrei e fechei a porta, Mandei ele sentar em uma cadeira.

– Pode abaixar a arma, você não vai me matar. – Disse Alisson.

– O que te faz achar que não vou?

– A máscara me faz ter a certeza, se fosse para me matares não esconderias o rosto, tu só escondes porque sabes que eu sairei vivo daqui e se eu ver o teu rosto você cai de vez, se não estivesses a usar aí sim eu me preocuparia pois você mostraria que veio para me eliminar e não conversar. – Me diz o que você quer?

– Eu quero a localização exacta do presidente.

– Você acha mesmo que eu te vou dar está localização? Você matou o Marcos!

– Ele merecia morrer, era um câncer para o mundo.

– Tal igual a você.

– Não, há uma diferença. Eu me assumo como mal da fita enquanto ele usava uma mascara que escondia a verdadeira natureza dele.

– Isso não te torna melhor que ele.

– Mas me torna verdadeiro. Agora me diz onde está o presidente?

– Você sabe qual é a música mais longa do mundo? Ela foi feita para durar 639 anos. A as slow as possible é uma banda que está a tocar ela na Alemanha. A música será finalizada no ano de 2640. Sabes o que eu aprendi com eles? Aprendi a ter paciência.

– Idiotice, muitos deles já devem estar mortas. Tiveram tanta paciência que não chegaram a saborear o grande final. – Falei. – Me diz logo onde está o presidente.

– Você tem outras coisas com o que se preocupar. – Ouvi barulho de sirenes na parte de fora do hotel. – Micael está aqui e ele tá com muita raiva de você. – Bati com o cano da minha arma na cabeça dele e ele desmaiou. Me aproximei das janelas enormes de vidro e vi que por onde entrei estava cercado de carros da polícia. A única saída que tenho é o elevador. Manipulei minha arma, ajustei os meus armamentos no corpo. É tudo ou nada.

O VILÃO NÃO MORRE NESTE LIVROOnde histórias criam vida. Descubra agora