Tulipa Albuquerque é uma mulher de 24 anos, historiadora, gurreira, reservada, inteligente e com alguns traumas. Perdeu os pais muito nova o que a fez ir morar com os tios em Londres, onde conheceu outra face da maldade humana, em decorrência disso...
Acordei com raios de sol batendo em meu rosto, pois esqueci as cortinas abertas na noite passada, olho para o relógio ao lado da cama e vejo que ainda é muito cedo, mas como dificilmente voltarei a dormir. Me levanto, vou até o banheiro, faço minhas necessidades, em seguida lavo as mãos, esbocovo os dentes, me olho no espelho, os cabelos desgrenhados e olheiras sobre os olhos demonstravam meu semblante cansado, tenho tido pesadelos nos últimos dias. Suspiro e volto pro quarto, pego um elástico sobre o móvel de cabeceira faço um rabo de cavalo apertado e depois um coque frouxo, vou pro closet, visto um short azul e uma camiseta branca, estava dormindo somente de cueca, gosto de dormir com o mínimo de roupa possível, assim me sinto mais a vontade, calço um par de tênis de corrida e saio do quarto, desço as escadas pegando as chaves no suporte ao lado da porta.
Do lado de fora me alongo e começo a correr pela calçada, a aquele hora em um sábado somente eu estava na rua, o que acho muito bom, já me acostumei com o silêncio e a solidão, eles me deixam pensar. Corro sem rumo pelas ruas pouco movimentadas do condomínio onde moro, alguns anos atrás eu comprei a casa onde minha mãe cresceu, ela estava um pouco deteriorada, mas assim que a retornei, mantendo a maior parte da estrutura original, passei a morar nela, é um pouco grande para eu morar sozinha, mas eu não me importo, gosto da minha carta.
Quando me dou por satisfeito e o sol começou a esquentar eu volto para a minha casa, ao invés de ir tomar banho vou para a academia que construí no lugar, sim, talvez seja um pouco contraditório que o dono de uma rede de academias prefira se exercitar em casa. A academia que tenho aqui é pequena ela tem somente alguns equipamentos, sacos de areia e um tatame. Treino por cerca de uma hora antes de me dar por satisfeito e finalmente entrar em casa.
Preparo um smoothie com shake, leite de amêndoas e frutas vermelhas congeladas, faço ovos mexidos e algumas torradas como tudo enquanto meu corpo descansa do treino para eu tomar banho. Lavo a louça que sujo e subo para meu quarto, tomo um banho relaxante, seco meus cabelos e meu corpo, coloco uma cueca em seguida uma calça jeans escura e uma blusa verde de mangas curtas, pego minha carteira, chaves e celular e saio de casa os colocando no bolso. Vou visitar a cede da Apolo, afinal de contas tem uns dias que não vou lá.
Resolvo sair de moto, pego o capacete que está no guidão coloco na cabeça e monto na moto. Adoro pilotar moto, desde que aprendi não parei mais, me sinto livre, adoro sentir o vento em mim, a sensação de adrenalina, gosto tanto que participo de um moto clube, nos encontramos com frequência, algumas vezes saímos pelas estradas sem rumo, acampamos em alguma área rural, da última vez passamos dois dias fazendo trilha.
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Alguns minutos depois chego em frente a academia, são três ao todo e mais um espaço de crossfit, que foi o aberto mais recentemente, com a popularidade resolvi investir e rendeu bastante. Desço da moto e adentro o espaço, a fachada é amarelo e roxa, o nome Apolo em letras grandes e muito vidro na parte frontal, gosto que as pessoas que estão se exercitando tenham vista real e não artificial. Do lado de dentro tem vários aparelhos de musculação, um espaço em um mezanino com outros aparelhos, na parte dos fundos tem um lugar pra aulas de dança, zumba, jump e alguns treinos funcionais, no porão funcionam as artes marciais, o Mike chama de "clube da luta".
