Almas Partidas - Meu Clichê (Livro 3) (Concluída)

Capítulo 71.

Tulipa...

Hoje é sábado e nós vamos jantar no Salt para contar aos nossos amigos as novidades, os últimos dias tem sido ótimos, estamos curtindo a notícia do bebê, liguei para a doutora Montgomery e marcamos uma nova consulta para a próxima semana, quero ver se assim o Andrew sossega, porque tem a dado muito preocupado.

- Pequena. – Falou encostado na soleira da porta do banheiro, ele já estava vestindo uma calça de alfaiataria preta e blusa da mesma cor, mas ainda tinha os pés descalços. – Quando você acha que é melhor para o nosso casamento? – Ainda não tínhamos falado em uma data.

- Acho que entre o fim de Junho e início de Julho seria bom. – Respondi ajeitando meu cabelo no penteado, um coque meio solto, no topo da cabeça. – Depois do semestre acabar e antes de eu ficar com a barriga pesada demais. – Virei para olha-lo por um instante.

- O equilíbrio perfeito. – Ele sussurrou.

- Isso mesmo. – Fixei mais alguns grampos em meu meio coque.

- Ainda não gosto da ideia de você permanecer trabalhando e estudando até o fim do semestre. – Reclamou. – Vai se esforçar demais.

Ontem mesmo brigamos por isso, ele quer que eu não termine o semestre, mas não tem a menor lógica, eu posso muito bem continuar na faculdade até o final do semestre, a não ser que tenha algum problema, mas isso não vai acontecer, eu não estou doente, estou grávida. O bebê é esperado para agosto então eu nem vou está com a barriga tão grande assim até junho.

- Então o que você acha da data? – Perguntei ignorando completamente seu comentário anterior, preferindo não iniciar uma discussão.

- Por mim está ótimo. – Respondeu, sabiamente aceitando a mudança de assunto.

- Está decidido então. – Sorri concluindo meu penteado, a maquiagem já estava pronta. – Só precisamos acertar direito a data.

- Isso a gente pode acertar quando vê o local. – Sugeriu.

- É uma boa. – Passei por ele indo em direção ao closet. – Gostaria de um lugar menor, não queria uma festa grande demais. – Tirei o roupão pegando meu vestido preto longo com duas fendas na frente e uma transparência no decote.

- Por mim tudo bem. – Falou subindo o zíper do vestido. – Um lagar pequeno, uma parte destinada a festa e outra para a cerimônia com o tabelião. – Falou pensativo.

- Está perfeito pra mim. – Sentei para calçar a sandália. – O mais importante vai ser estar casando com nossos amigos ao nosso lado.

- Exatamente. – Ele se sentou calçando os próprios sapatos. – Pequena e quanto a casa? – Vi ele franzir o cenho para minhas sandália de salto alto, mas não falou nada.

- O que tem a casa? – Indaguei me levantando.

- O que você gostaria de mudar antes de se mudar? – Falou vindo até as de mim para o quarto. – O que falta pra você se sentir em casa? – Parei a meio caminho de pegar a minha bolsa me virando para ele.

- Meu amor, eu, já me sinto em casa aqui. – Falei pausadamente. – Não quero mudar nada na casa. – Passei meus braços por seu pescoço. – Ela é perfeita do jeito que está.

- Tem certeza? – Quis confirmar.

- Tenho sim. – Depositei um pequeno beijo em seus lábios. – Amo a casa do jeito que está.

- Então você já pode se mudar. – Sorriu animado.

- Andrew... – Comecei a falar nem mesmo sabendo o motivo de estar tentando lhe negar isso.