Capítulo 25.

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Andrew...

Desde o dia que eu tentei ensinar defesa pessoa a Tulipa e ela machucou meu rosto não temos tido muito tempo sozinhos, as vezes parece que ela tem me evitado. Tenho medo de ela ter percebido que eu acabei ficando excitado no dia e por isso esteja me evitando, mas não quero tocar no assunto por que tenho medo de ela achar que eu estou tentando algo com ela. Levo a cabeça as mãos, me sinto a porra de um adolescente virgem em relação a ela, me sinto inseguro e cheio de questões, parece que estou pisando em ovos.

A campainha tocou me tirando dos meus pensamentos, levantei pegando minha carteira sobre a mesa de centro e caminhei até a porta.

- Boa noite senhor. – Um rapaz que aparentava uns 20 anos falou.

- Boa noite. – Falei.

- Andrew Clarke? – Ele perguntou pegando as sacolas de comida.

- Isso. – Ele me entregou as sacolas. – Obrigada. – Entreguei uma nota pra ele. – Pode ficar com o troco.

- Obrigada. – Ele sorriu guardando o dinheiro.

- Por nada. – Falei. – Boa noite.

Fechei a porta e caminhei na direção da cozinha, deixei a carteira novamente sobre a mesa de centro quando passei pela sala, coloquei as sacolas sobre a ilha da cozinha, lavei as mãos e fui chamar Tulipa.

- A comida chegou. – Falei abrindo uma fresta da porta da biblioteca e passando minha cabeça por ela. – Vem jantar.

- Estou indo. – Tulipa falou sem tirar os olhos do notebook. - Vou só terminar um negócio aqui dois minutos. - Me olhou por alguns segundos e voltou a encarar a tela a sua frente.

- Tudo bem. – Voltei a fechar a porta.

Sigo direto para a cozinha, abro a sacola contendo os milkshakes e  os guardo na geladeira para não esquentar. Abro uma porta do armário, pego dois pratos lá dentro, volto para onde estão as outras sacolas arrumo os dois sanduíches neles e os levo para a mesa dispondo um na frente do outro. Pego as batatas fritas e os anéis de cebola que estão cada um em uma caixa de comida grande de isopor e deixo entre os prato, volto para a cozinha dispensando as embalagens e ela entra na cozinha.

- Você poderia revisar meu artigo? Acho que eu terminei. – Ela pergunta atrás de mim.

- Claro que sim, farei com todo prazer, mas você sabe que não é minha área. – Disse me virando para encara-la.

- Mas, é algo que você entende. – Ela diz e eu assinto. – E eu quero sua opinião para saber se está bem escrito.

- Tudo bem, eu leio sim. – Sorri me virando para lavar as mãos. - Mas eu tenho certeza que está.

Me viro e a olho, está com seus lindos cabelos cacheados presos para trás com uma faixa colorida, tem óculos grande no rosto, seus lábios naturalmente rosados chamam atenção.  Está vestindo um short de moletom que vai até o meio das coxas e uma blusa folgada com o símbolo do Superman que cobre parte do short. Como sempre suas roupas não mostram muito do seu corpo, mas ela continua linda e atraente, rapidamente voltei meus olhos para os seus evitando que ela perceba que eu a estava analisando.

Desde que conheci Tulipa, uma aluna parecendo frágil e tímida de mestrado meu primeiro impulso foi de protege-la, tenho me aproximado dela desde então e a medida que fui a conhecendo, fui me encantando cada dia mais. Nunca achei que fosse me interessar por outra mulher depois da Cristal, mas Tulipa veio para me mostrar o quanto eu estava errado, desde o dia que a vi dançando na minha cozinha só consigo pensar em toca-la, em tê-la em meus braços, o momento na academia só fez eu deseja-la ainda mais, mas eu não tentaria nada com ela, ela é doce, triste e traumatizada, não consegue ficar perto nenhum homem e cada dia que passa fica mais a vontade comigo e não vou trair sua confiança, eu quero que ela confie em mim, quero ser seu amigo. 

Almas Partidas  - Meu Clichê  (Livro 3) (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora