Tulipa...
Finalmente tive alta do hospital, eles me seguraram lá por três dias por causa da minha pressão que estava alta quando cheguei a emergência, mas tirando o ferimento no braço que com certeza vai deixar cicatriz estou bem, nada grave aconteceu comigo, tive tonturas e enjoo, mas tudo por causa da alteração de pressão e do estresse que passei com o ataque. O bebê está ótimo e nem o medo fez o danadinho abrir as pernas.
Tive alta essa manhã e Andrew tem me mantido na cama desde então dizendo que eu estou ferida e preciso descansar, não tenho discutido com ele pelo exagero porque eu ainda vejo o medo em seus olhos, sempre que me mexo ele parece tenso, qualquer barulho diferente ele corre pra mim, esses dias no hospital tenho certeza que ele não dormiu, suas olheiras fundas são a prova disso.
- Onde você vai? – Apareceu na porta do quarto bem na hora que eu estava me levantando.
- Você não ia fazer o jantar? – Ele saiu daqui meia hora atrás para preparar nosso jantar.
- Henry ligou dizendo que vem aqui para ver você e vão trazer o jantar. – Falou me olhando. – Você não deveria estar de pé.
- O ferimento é no braço não na perna. – Levantei o braço enfaixado.
- Ainda assim. – Me olhou preocupado.
- Tudo bem. – Suspirei. – Estou indo fazer xixi, tá legal. – Ele acenou a cabeça. – E depois vou me trocar para receber nossos amigos.
- Com isso eu lhe ajudo. – Falou rápido e eu apenas concordei.
Se antes ele era superprotetor, agora que Odim tenha piedade desta pobre criatura, porque eu tenho certeza que ele vai me enlouquecer com toda a preocupação dele, daqui a pouco ele me embala em plástico bolha.
Fiz xixi, lavei as mãos, lavei o rosto e fui para no closet com Andrew em meu encalço, me ajudou a trocar a camisola que estava usando por um vestido branco florido que fica na altura do joelho, ele é reforçado no busto de alça, com uma fita logo a baixo e soltinho no restante. Na hora de descer as escadas ele o fez comigo em seu colo. Assim que sentamos no sofá a campainha tocou, Andrew levantou e foi até a porta a abrindo, quando voltou a sala já trazia Eva em seu colo, Henry e Meg vinham ao seu lado cada um com sacolas nas mãos.
- Boa noite. – Falaram.
- Boa noite. – Respondi.
- Como você está? – Meg perguntou se sentando ao meu lado no sofá e colocando as sacolas sobre a mesa de centro.
- Estou bem. – Falei.
- Ele tem lhe enlouquecido muito? – Olhou pra Andrew que se sentava do meu outro lado.
- Você nem imagina o quanto. – Sorri.
- Só estou preocupado. – Ele disse brincando com Eva em seu colo.
- É claro que está. – Henry falou sentado em uma poltrona depois de deixas as sacolas também sobre a mesa. – Como não estaria? Foi um inferno.
Antes que mais alguém falasse algo a campainha tocou novamente, Andrew colocou Eva sentada no meu colo e foi abrir a porta, ela se aninhou colocando a mão no meu ventre e fazendo carinho ali, o bebê se mexeu dentro da barriga.
- Já reconhece a amiguinha meu amor? – Falei sorrindo.
Andrew voltou para a sala com Carol e Beatriz o acompanhando, Carol olhou para cara um de nós.
- Ótimo, estão todos aqui. – Levou as mãos aos quadris. – Pra qual dos dois eu preciso arrumar uma viagem urgente pra Hong Kong urgente? – Olhou para Henry e Andrew. – E um álibi.
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Almas Partidas - Meu Clichê (Livro 3) (Concluída)
DragosteTulipa Albuquerque é uma mulher de 24 anos, historiadora, gurreira, reservada, inteligente e com alguns traumas. Perdeu os pais muito nova o que a fez ir morar com os tios em Londres, onde conheceu outra face da maldade humana, em decorrência disso...