Capítulo 33.

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Tulipa...

Me olhei no espelho passando um batom vermelho, achei que ele combinaria com a camisola nova que eu estou usando. Adoro camisolas de renda ou transparentes, todas bem ousadas e no dia que fui as compras com as meninas comprei essa, é vermelha, com bojo de renda e uma renda que deixa um pouco de pele a mostra logo abaixo do bojo, ela fica bem curta mesmo em mim. Meu cabelo está com o mesmo penteado desde  voltei hoje pela manhã.

 
- Olha ela, sexy e fatal. – Ouvi Violet falar atrás de mim.

 
- Besta. – Me virei rindo.

 
- Tem certeza que não quer ir com a gente? – Ela e Natalie vão em uma boate hoje a noite, vão sair mais cedo pra jantar e depois ir pra tal boate. – Já está de penteado, brinco e batom, só falta se trocar. – Sorriu, tentaram me convencer o dia inteiro, mas eu prefiro ficar em casa, não estou afim de ir em um lugar cheio e barulhento hoje.

 
- Não, prefiro ficar em casa mesmo. – Afirmei. - Descansar. 

 
- Tudo bem então. – Me abraçou. – Divirta-se.

 
- Você também. – Falei quando ela se afastou. – E se cuida.

 
- Pode deixar, não se preocupa se eu demorar a voltar.

 
- Tudo bem. – Ela se virou pra sair. – Qualquer coisa me liga.

 
- Você também.

 
Ouvi o barulho da porta se fechando, me olhei mais uma vez no espelho, peguei o celular que estava sobre a cama e sai do quarto, deixei o celular sobre a mesa de centro e fui pra cozinha pensando no que comer no jantar. Meu celular apitou uma mensagem, mas eu estava pegando água na geladeira e analisando o conteúdo da mesma, então nem fui ver o que era, quando eu estava guardando a garrafa alguém bateu na porta.

 
- Certeza que a Violet esqueceu a chave. – No outro apartamento ela vivia fazendo isso. – Devia ser por isso a mensagem.

 
Fechei a geladeira colocando o copo sobre a pia  e caminhei de pés descalços até a porta da frente, já fui abrindo a porta e reclamando.

 
- Você esqueceu a... – Na hora que eu abri a porta me deparei com Andrew parado ali, seus olhos se arregalaram quando ele passou os olhos pelo meu corpo, a respiração ficou mais pesada e irregular.

 
Eu por outro lado perdi a habilidade de respirar, me mover e falar por alguns segundos apenas encarando boquiaberta o homem a minha frente até que meu corpo resolveu voltar a funcionar.

 
- Puta merda, caralho. – Bati a porta na cara dele. – Eu... é... eu... não sabia... que era você... pensei que era a... Violet. - Gaguejei morta de vergonha. - Merda desculpa, vou me vestir e já volto. – Comecei a me virar enquanto ele me chamava e falava algo que foi abafado pela porta.

 
Corri rápido pro quarto vesti uma short jeans e uma blusa do bob esponja que estavam por perto, quando votava pra sala percebi que minha respiração estava irregular e meu corpo um tanto quente. Voltei a abrir a porta e ele estava de costas, se virou devagar me olhando.

 
- Eu não sabia se você tinha me mandado embora ou não. – Ele disse me deixando confusa. – Estava me decidindo se ia ou ficava.

 
- Eu falei em português? – Bati a mão na testa.

As vezes quando eu fico muito nervosa ou assustada começo a falar em português sem me sentir, fazia tempo que algo assim não acontecia. 

 
- Falou sim. – Ele sorriu.

Almas Partidas  - Meu Clichê  (Livro 3) (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora