12 - Começando os preparativos.

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Olaaaaaa!
20 minutos de atraso mas cá estou!
Obrigada pelos 2k de visualização!
Ces são demais!

Sem demora, bora ler!

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Jamais fui o tipo de pessoa que fica na cama num sábado até depois das dez horas da manhã. Sempre achei que procrastinar era um dos piores pecados da humanidade. Eu era o tipo que acordava cedo e ia fazer uma caminhada revigorante. ERA. 

Desde que a minha vida deu essa volta de trezentos e sessenta graus, muitas coisas haviam mudado, e uma delas era exatamente essa: ficar enrolada na cama sem vontade nenhuma de encarar o mundo que me esperava na sala de estar. 

Os Weasleys não tinham expediente de trabalho nos sábados, e nas primeiras semanas eu realmente estranhei isso, mas depois de quase um mês morando na casa vermelha, eu me acostumei com suas manias um tanto preguiçosas. 

Outro fato que me mantinha na cama até esse horário era que Molly estava na sala, nesse exato momento, montando a lista de convidados do casamento, e esperando a moça da empresa de decoração chegar para decidirem local, flores, e afins. 

Nos dias que passei nesta casa, e com o tanto de trabalho que tive na empresa, quase me esqueci do real motivo que me fazia estar ali. Mas quando desci apenas para tomar café algumas horas antes, e a vi de pé em seu pijama espalhafatoso de plumas vermelhas e sorridente demais enquanto dava vários telefonemas para marcar horários com docerias e lojas de tecidos, foi que a verdade veio à tona. Automaticamente meu estômago embrulhou e eu saí correndo para vomitar tudo o que tinha comido na noite anterior. Maldita gastrite nervosa. 

Desde então estou trancada no quarto, enrolada na cama, com a companhia de um smartphone tocando O Children de Nick Cave, ignorando meu whatsapp e o grupo onde minhas amigas e minha irmã montavam o plano de como empurrar Ron da escada, enquanto uma bola de pêlos enrolada na minha barriga ronronava. Não me perguntem como foi que a minha relação com o gato começou, só sei que ele vive no meu quarto quando estou em casa, se esfregando em minhas pernas ou miando pedindo por atenção, e me pergunto, depois de deixar minhas mãos se perderem em seu pelo macio, como foi que eu e Helena nunca pedimos para nossos pais um bichinho de estimação. Bichento era a coisa mais fofa da casa toda. Todos os dias ele me esperava chegar do trabalho na porta do meu quarto, e quando me via, se enroscava na minha perna como se estivesse morrendo de saudades. Minerva - a governanta -, diz que parece que temos uma ligação antes dessa vida, e sempre que ela diz isso todos os meus pêlos ficam eriçados uma vez que Molly disse que ele sempre foi arisco com qualquer outra pessoa que não fosse a matriarca.

Perdida em pensamentos, ouço uma leve batida na porta. Meu coração disparou imediatamente, ao tempo que eu respirava fundo e me sentava, preparando-me para quem quer que pudesse ser.

— Pode entrar... —  falei, soltando o ar devagar, observando a maçaneta se mover e a porta ir se abrindo devagar. 

Os cabelos vermelhos de uma Ginny sonolenta entraram no meu campo de visão, e ela se arrastou até a minha cama, onde se jogou mesmo sem meu convite. Tenho certeza que ela sequer escovou os dentes. 

— Dia. —  ela saudou bocejando e fechando os olhos enquanto fazia carinho no gato que ainda estava em cima de mim. 

— Dia, Ginny! Você por acaso já escovou os dentes, ou tomou café? — perguntei dando um bocejo também. 

— Mamãe está na sala com o pijama vermelho. —  ela disse, abrindo os olhos devagar, e tornando-o a fechá-lo. Pisquei confusa. 

— Quê? —  quis saber franzindo o cenho.

O Primo do Noivo - Dramione.Onde histórias criam vida. Descubra agora