13 - A Melhor Irmã de Todas.

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Oiiiie!
Depois de quase 84 anos, voltei!
Eu adorei esse capítulo, e espero que vocês também!

Boa leitura!

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Não sei ao certo como a minha relação com Ronald mudou, não sei quando aquele estereótipo de “patético” deixou de caber nele com maestria, só sei, que a cada dia estamos mais próximos. 

Ainda é estranho nitidamente e para qualquer um que conheça nossas personalidades nos ver em harmonia, mas não posso dizer que não estou gostando dessa nova “fase”. Ronald é completamente imaturo, explosivo e impulsivo, o que o torna frágil e inconstante. Mas tenho que admitir que ele é engraçado, doce - quando quer -, e que está no mesmo buraco que eu. Já eu sou racional, fria e fechada, mas consigo ser leve, aberta, e sensível com ele, quando ele merece, e paramos de nos tratar como inimigos, afinal se houvesse alguma coisa para nos identificar nesse contexto que é o nosso relacionamento, eu diria que somos vítimas de nossas famílias irracionais e caóticas. Nos aliarmos foi inevitável e extremamente necessário até para servir de alicerce um para o outro, era bom ter alguém que entende exatamente o que você está passando.

Obviamente, mesmo com toda essa amizade crescendo dentro de mim, eu não conseguia fantasiar nada demais com ele, nem mesmo desejo carnal, ou tesão… Nada! E olha que o ruivo não era nada feio. Só sei lá, não foi feito pra mim, não é o meu número, não me desperta o tchan.

Quando descemos, Arthur e Molly estavam no sofá, assistindo algum programa na tv, e sorriram um para o outro como dois cúmplices quando passamos por eles e nos despedimos. Tenho certeza que ambos pensam que o plano está dando certo. Lamento muito ter de decepcioná-los.

— Onde quer ir hoje? — ele perguntou, parando ao lado do carro dele. Arqueei uma sobrancelha e sorri. 

— Se vai me deixar fazer isso, tem que ser de modo completo. — disse com um sorriso diabólico nos lábios.

— E o que o modo completo inclui? — quis saber, dando um sorriso de lado e me olhando fixamente, tentando descobrir antes que eu falasse. 

— Dirigir seu carro. — Soltei, mal cabendo em mim de tanta ansiedade. Tinha vontade de dirigir o carro de Ron desde que me mudei para cá. 

Ronald soltou o ar pelo nariz e balançou a cabeça em negação. Pelo que eu sabia, o carro era como um filho para o ruivo, ele era extremamente apegado a ele - e tem gente que gosta de animais. Ron pigarreou e olhou para os lados, eu sabia que ele estava tentando buscar uma desculpa para que eu não o dirigisse, embora ele pudesse falar um simples “não”, ele não queria parecer grosso - ou machista. Soube que ele pensa que sou uma extremista do feminismo. Adivinhem quem deu essa ideia errada para ele? Isso mesmo, Harry Potter!

— Vamos lá, Ron… — comecei a usar minhas táticas de persuasão. —  Eu sou a gêmea boa e responsável, lembra? — incitei, pondo em xeque a credibilidade de minha irmã como pessoa e motorista. Ele riu. 

— Não sei não, Hermione… —  ele falou entre dentes e balançou a cabeça. — Sabe que não sou de deixar outras pessoas colocarem as mãos em Brad. 

— Brad? — repeti confusa. Ai Cristo, não me diz que é esse o nome do carro. Prendi a respiração e tentei manter o rosto impassível, mas ele notou e fechou a cara. 

— É, agora, entra no carro! —  disse rapidamente, tentando mudar de assunto. 

— Mas eu não vou dirigir o Brad? — fiz uma voz mais fina e bati meus cílios quando ele me encarou. 

— Não! Agora, entre no carro… — disse autoritário e eu elevei a ele uma sobrancelha —  Por favor. — acrescentou. 

Soltei o ar e adentrei o carro muito desapontada por não poder dirigi-lo. 

O Primo do Noivo - Dramione.Onde histórias criam vida. Descubra agora