O Primo do Noivo - Dramione.

18 - Tesão e Tensão.

Oiee! Eu fico tão feliz quando consigo vir sem demorar muito, e mais ainda por conseguir postar no sábado, depois de tanto tempo.

Esse capítulo ficou enormeee. Espero que gostem!

Boa leitura!

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Todo o meu corpo parecia gelatina, meu coração retumbava a cada degrau que eu descia daquela maldita escada, e eu temia que minha perna não sustentasse meu corpo em cima dos saltos que estupidamente escolhi usar.

Meu nervosismo não era porque eu iria selar um compromisso com o homem da minha vida que eu amava e estava louca para me unir até o dia da minha morte, não era emoção e nem felicidade que transbordava de mim. Era apenas mais um passo naquela direção que me dizia que não dava mais para voltar atrás sem magoar ninguém, sem ferir ninguém.

Não era fácil ir ao encontro de Ronald, nunca foi desde que me foi apresentada essa opção. Tomar aquela decisão havia sido a coisa mais difícil que eu tinha feito a minha vida inteira, mas era a única solução viável que tínhamos e por isso, eu a aceitei.

Eu podia escutar apenas um eco das pessoas que já tinham chegado nos jardins, e da música agradável que soava nos alto falantes em algum lugar, mas tudo em que eu realmente me concentrava, era no barulho da minha respiração, me certificava de que eu não ia sufocar a qualquer momento e que eu iria sentar-me ao lado do ruivo mais novo, e celebrar aquela droga de jantar com uma naturalidade digna de receber óscar.

Avancei o último lance de escadas com Hels e Ginny como apoio, ao menos eu sabia que as minhas chances de cair bem eram menores estando acompanhada das duas e isso me aliviava um pouco de toda a tensão que me possuía.

Soltei todo o ar outra vez, e me preparei para encarar as 50 pessoas que Molly certamente havia convidado, ou mais, já que pelo número de cadeiras arrumadas, ela tinha convidado um pouco mais que isso. A maioria deles eu jamais tinha visto na vida, e posso dizer com propriedade que eu não era boa em fazer amizades, ou conhecer gente nova sem me sentir estranha e desconfortável.

Quando faltavam uns cinco degraus para que eu alcançasse o piso plano e pudesse ser finalmente torturada, ele adentrou a sala quase como um meteoro, estava apressado e provavelmente iria para a cozinha quando ele virou só um pouquinho sua cabeça platinada e me viu. Bundinha estancou no lugar, balançando a cabeça em negação como se não acreditasse no que estava vendo.

Eu senti um arrepio percorrer todo o meu corpo à medida que os olhos de Bundinha deslizavam por mim com fascínio, como se eu fosse a coisa mais extraordinária que ele tinha visto. Analisando meticulosamente cada pedacinho de mim, me fazendo tremer diante da intensidade de seu gesto. Aqueles cinzas pareciam ir além da minha roupa e penetrar na minha alma.

Pude ver quando ele soltou o ar lentamente, e coçou a cabeça desconcertado quando finalmente meus pés tocaram no chão. Me perguntei se Ginny ou Helena tinham percebido aquele clima que criamos sem nem perceber, mas dispersei meus pensamentos rapidamente quando ele se aproximou de mim, muito perto, apesar de não estarmos sozinhos. Podia sentir o cheiro de seu perfume e da sua loção pós-barba, ele tinha um copo de whisky na mão direita, com a mão esquerda enrolou o dedo na mecha solta do meu cabelo, e sorriu.

Meu coração parou por dois segundos quando ele abriu o maior sorriso do mundo e esticou a mão livre para mim, fazendo-me dar uma voltinha diante dos seus olhos analíticos quando aceitei. Sua mãe quente segurou a minha com força, dando-me o apoio que eu precisava para não ir ao chão com toda a intensidade de nós dois.

- Puta merda, Granger, você está incrível!- ele disse, seus olhos e seu sorriso brilhavam para mim de uma forma única e aqueceram meu coração conturbado.