28 - Não existe nós.

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Oieee! Primeiro, gostaria de me desculpar pelo atraso da atualização e pela hora. Mas eu queria tanto postar isso pra vocês, então resolvi vir logo.

Quero agradecer por todo o carinho que vocês tiveram comigo desde comecei a postar OPDN. Obrigada pelos votos e pelos comentários, vocês são incríveis.

Espero que gostem desse capítulo. ❤

Boa leitura!

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h. 

QUE PORRA ERA AQUELA?

Pisquei, atordoada. Dei passos para trás, sentindo um nó estranho no meu estômago, uma sensação ruim se apossando de mim rapidamente. 

Ronald e Hermione estavam se beijando. Se beijando!

Um misto de raiva, de decepção e ciúmes? Engoli em seco negando com a cabeça. Minha boca estava amarga, meu coração acelerado demais. Meu Deus, que merda era aquela, e por que me afetava tanto? Por que me parecia tão bizarro eles estarem assim?
Eles eram noivos, estavam fadados a passar anos da vida juntos - meus pais e os dele já estavam armando tudo para que isso acontecesse. Eu havia constatado que ele não era um babaca, quer dizer, não tão babaca. Eles estavam se dando bem, eu deveria ficar feliz com a possibilidade de um romance nascer entre eles. Deveria. Mas, por qual motivo eu não estava?
O nó do meu estômago subiu para a minha garganta, e eu não consegui mais ficar ali, vendo-os naquele momento perfeito, romântico e fofo. Me sentia uma intrusa em algo íntimo demais. 
Voltei para dentro da mansão como um furacão, sentando-me no banco alto da cozinha, cobrindo o rosto com as mãos. 

Isso era tão errado! Céus, eu não podia ficar chateada com aquilo, não tinha esse direito. Hermione já estava passando por coisas demais, já estava salvando a nossa família, eu não podia ser egoísta a esse ponto. Simplesmente não podia!

Só que, enquanto tentava me desfazer do turbilhão de sentimentos que se passava dentro de mim, eu me lembrava dos momentos que passei com o ruivo naqueles três dias. De como tive vontade de beijá-lo quando estávamos no Centro de Apoio, e como isso quase aconteceu hoje novamente. Pensava no que tinha levado Hermione a deixar-se fazer o que estava fazendo e Ron, por que ele estava beijando-a quando tinha tentado a mesma coisa comigo mais cedo. 
Soltei um suspiro, balançando a cabeça em negação. 
E quando eu pensei que as coisas não poderiam ficar piores, Molly apareceu na cozinha, seu sorriso estava enorme, seus olhos azuis parecido com os do filho brilhando intensamente, tão ou mais do que todas as lantejoulas de sua roupa brega e horrível. 

— Eles estão se dando bem? Vi do terraço que estão fazendo um piquenique! — Molly disse batendo palminhas animada, tentando espiar pela vidraça da cozinha os dois lá fora. 
— Eles estão se dando bem melhor que “bem”, eu diria. — respondi, mal humorada. O rosto de Molly pareceu se iluminar ainda mais com minhas palavras, acredito que porque ela tenha entendido o que eu havia dito nas entrelinhas. 
— Finalmente… — sorriu, saindo de perto e digitando rapidamente em seu celular. — Acho que isso prova meu ponto sobre sucesso de casamentos arranjados funcionarem, não? — a ouvi dizer, e virei meu rosto para encará-la. Pude ver o vislumbre do desafio em sua voz. Na nossa primeira visita eu havia debochado quando ela disse que casamentos arranjados funcionavam na época dela. Uma réplica boa e nada educada permeava na minha língua quando olhei em seus olhos, mas, apenas me ergui do banco e soltei o ar. 
— Aparentemente sim. — respondi, seca. 

O sorriso dela se alargou e ela voltou a olhar para os dois. Dei uma última olhada lá para fora, de onde eu estava eu não conseguia vê-los, mas minha mente conseguia se lembrar com exatidão da cena dos dois juntos, se beijando. Engoli aquele sentimento a seco, e caminhei escadas acima.

O Primo do Noivo - Dramione.Onde histórias criam vida. Descubra agora