09 - Ele sabe rir!

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Roi! Semana passada eu postei o nome do capítulo errado. Sorry! Atualizei aqui, tudo certo!
Espero que gostem!

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O silêncio dentro do carro era quase constrangedor.
Eu tinha aceitado sair para jantar com Ronald. Tinha aceitado! Qual é a porra do meu problema afinal?
Não sei ao certo porque concordei. Acho que a minha parte sensata quer que eu tenha uma relação saudável com ele uma vez que vamos ter nossas vidas entrelaçadas para sempre.
Ainda não nos foi dito quais os termos dessa comunhão, se poderá ser só fachada, ou se precisa ser consumada, tudo é um mistério sem fim, e pelo que percebi, Ronald Weasley está tão vendado quanto eu.
Visualmente ele não é ruim, realmente. Ele se arrumou para esse jantar e passou perfume, e se eu não estivesse tão carregada do ranço que tive no nosso primeiro encontro talvez - eu disse talvez - eu pudesse ser mais amena em minhas opniões sobre ele. Entretanto, aquele par de olhos azuis ainda tinha que trilhar um longo caminho para ter meu afeto, e põe longo nisso.

Puxei o celular da bolsa na intenção de me distrair. Qualquer lugar que fossemos levava pelo menos uns trinta minutos pra chegar, uma vez que a mansão deles era bem afastada da civilização, por assim dizer. Eu não reclamava disso realmente, o clima e o ambiente eram muito melhores do o centro urbano da nossa conturbada Londres.

Pelo canto do olho observei meu futuro marido. Ele mantinha os olhos azuis fixos na estrada, suas mãos apertavam o volante com firmeza. Ele era um bom motorista. Altamente cauteloso e atencioso, e o vi desviar de um esquilo no meio da estrada. Sorri pensando que aquele era o meu primeiro pensamento bom em relação a ele.

— O que é engraçado? — ele perguntou, sem me olhar. Muito sério esse homem.

Dando de ombros, resolvi falar.

— Acabei ter um pensamento bom ao seu respeito. Foi o primeiro, acho que é um progresso. — falei, encarando seu perfil com leve divertimento.

— Ah é? — as sobrancelhas se elevaram em dúvida — E qual foi? — quis saber, curioso.

— Você é um bom motorista. — falei e soltei uma risadinha, para minha surpresa, Ronald riu também. — MEU DEUS ELE SABE RIR! — berrei dentro do carro, e ele arregalou os olhos se assustando. Gargalhei da reação dele e ele me olhou como se eu fosse louca.

— Qual o seu problema? — perguntou, mas antes que eu pudesse responder ele mesmo caiu na risada.

Nós rimos tanto dessa besteira que quando chegamos no restaurante meus olhos estavam lacrimejando e Ronald estava tão vermelho quanto seus cabelos. Eu ia descer do carro quando ele estacionou, mas ele pediu que eu esperasse e saiu dando a volta e abrindo para mim.

— Se eu gostasse de você faria isso... — ele disse, e quando eu ia sair, ele fechou a porta do carro na minha cara. — Mas como não gosto, abra você mesma! —  escutei ele dizer maldosamente do lado de fora.

Revirei os olhos e abri a porta descendo e vendo-o parado perto da recepcionista.

— Você é um idiota! — sussurrei em seu ouvido quando parei ao seu lado.

— Ainda bem que não me importo com o que você diz. —  ele falou divertido como jamais pensei que ele seria —  Mesa para dois, querida. — virou-se para mulher e sorriu gentilmente erguendo dois dedos para indicar.

Bati nele com a minha carteira e ele colocou a mão na minha costa me guiando para onde a moça nos levava.
Ela parou perto de uma pequena mesinha mais ao leste do local, de onde dava para ver a porta do toalete e a saída de emergência, respectivamente.
O ambiente não era nada extravagante como julguei que seria. Nada de prédios com arquitetura moderna, mesas redondas de três pernas e decoração retrô. Era apenas um lugar com mesinhas quadradas, uma iluminação suave e marrom. Eu gostei. Lembrava os pequenos restaurantes que meus pais levavam Hels e eu para comer nas férias quando visitávamos algumas obras no interior.

O Primo do Noivo - Dramione.Onde histórias criam vida. Descubra agora