14 - Deus, me ajuda!

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Olá, olá, olá crianças! Tudo bom?

Bem, depois de algumas semaninhas a tia voltou com capítulo novo e PREPAREM OS FORNINHOS! 😀

Obrigada por todos os comentários e votos. ❤

Boa leitura!

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Pensei que estar em casa me deixaria mais tranquila, e que aquele peso que tinha em meus ombros ficaria mais ameno para se carregar, mas não foi isso que aconteceu, eu não me senti em casa, ou segura na minha bolha, só me senti fora de contexto. Como era quando eu estava na Casa Vermelha também.

Era estranho estar em casa depois de algumas semanas, e mais estranho ainda me sentir dessa forma. 

O quarto parecia não ter mais meu cheiro, minha cama não parecia a  mesma, parecia que faltava alguma coisa, e de fato faltava; era eu. 

A Hermione que estava ali agora não era a mesma que tinha ido embora há algumas semanas, não tinha a mesma meta, os mesmos sonhos, ou a mesma essência. A de antes era mais dura, mais determinada e mais sonhadora. E a de agora, bem… A de agora estava se recuperando de uma crise de ansiedade braba, e de uma noite tensa. Com muitas informações para digerir e um vestido de noiva para achar. Tudo estava um caos, e a única coisa que eu estava fazendo era assistir minha vida desmoronar bem diante dos meus olhos, sem ter a mínima ideia do que fazer para parar, ou para conseguir colocá-la de volta nos eixos. 

Encarei o teto do meu quarto e suspirei quando ouvi a porta ranger e vi a sombra de Helena adentrar o cômodo. 

Virei de lado na cama, ficando de costas para ela quando a mesma se deitou ao meu lado. 

— Você está brava comigo? — ela perguntou com a voz mole, não parecendo em nada com a badgirl que ela costuma ser. Era engraçado como toda essa história mexeu tanto com a nossa família.

Fiquei em silêncio por alguns segundos, pensando se eu estava brava com a minha irmã gêmea. Ela tinha ligado o foda-se para o meu pedido de não tumultuar o jantar e tinha criado o maior climão a noite toda, podendo jogar no lixo todo o progresso que fiz na minha realção com Ron, mas, apesar de querer esganá-la na hora, sei que ela não fez por mal. Helena é muito estranha em mostrar sentimentos, e geralmente enfia os pés pelas mãos, e de toda a forma, ela só queria “me proteger”, mesmo sendo desse jeito meio torto e que não faz sentido. 

E, como tinha recebido uma mensagem do ruivo que iria se casar comigo, perguntando se eu estava bem, eu deduzi que tudo entre nós se mantinha bem, e que eu não precisava arrancar os olhos escuros de Jessie.

Rolei na cama até ficar de peito pra cima e soltei o ar devagar. 

— Não estou brava com você, só estou pensativa. — afirmei baixinho, e de certa forma tentava convencer a mim mesma disso  — Sei que parece estranho, mas a ficha caiu Hels, estou percebendo que é real… — mordi os lábios em nervosismo — Vou mesmo me casar com Ron. 

Helena me puxou para um abraço e começou a chorar. Eu sabia que ela se culpava por não poder estar no meu lugar, mesmo que fosse o pior pesadelo dela. Internamente eu sentia o mesmo desespero, cada vez que pensava que eu não ia acordar daquilo, meu coração ficava pequeno e apertado. Mas eu já tinha aceitado meu triste destino, já sabia que em breve eu estaria me casando com um ruivo que eu não amava, e que isso salvaria a vida da minha família. 

Vencida pela emoção, me deixei chorar junto da minha irmã, pensando que no dia seguinte, eu teria que voltar a viver a vida que eu não escolhi para mim.

(...)

— Como é o trabalho, querida? — mamãe quis saber pela manhã, quando me acompanhava no café. 

O Primo do Noivo - Dramione.Onde histórias criam vida. Descubra agora