O Primo do Noivo - Dramione.

32 - 1% de Chance.

Oieeee! Chegando com atualização pra vocês nesse sábado ❤

Fiquei muito ansiosa e empolgada com a reação de vocês 🗣

Obrigada por todos os comentários e votos até aqui. Vocês são FODAS!

Boa leitura!

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Sabe quando tudo ao redor desaparece, e sua visão focaliza em algo específico, em alguém? Seu coração dispara, você abaixa a cabeça e sorri, e quando levanta os olhos aquele frio na barriga parece se expandir pelo seu corpo inteiro? Você se sente boba, confusa, mas não pode não agir dessa forma? Era assim como eu me sentia com aquelas orbes frias sobre mim.

Levei alguns segundos para constatar que aquilo era real. Que Draco Malfoy, justamente Draco Malfoy, estava parado na porta me encarando.
Fazia dias que não o via, e quando nos esbarrávamos pelos corredores da empresa, não passávamos de formalidades e indiferença. De cumprimentos frios e distantes para dois corpos que já tinham dividido o calor de uma cama. E isso é uma merda constrangedora demais.

Naquele momento, entretanto, nossos olhares estavam conectados como costumava acontecer antigamente, presos um no outro. E nenhum dos dois queria desviar, nenhum dos dois queria quebrar aquela conexão. Meu coração acelerou enfim, explodindo dentro do meu peito ao mesmo tempo em que eu me permitia mirar o homem que era o dono dos meus mais profundos e intensos sentimentos e que, por infelicidade do destino, não poderia ser meu, com o mesmo olhar de antes, com a mesma intensidade e intimidade.

Nem percebi quando Helena saiu do quarto de fininho, nada além daqueles olhos azuis parecia ser importante para mim, ou relevante para chamar a minha atenção.

Ele era tão lindo. E parecia, pela primeira vez em dias, acessível, alcançável. Apesar da postura ereta e o olhar vidrado. Malfoy era aquele homem que quando estava na dele se tornava ainda mais sexy.
Sendo suspeita para falar, posso dizer que eu adorava quando podia ficar observando aquele compilado todo que ele era.

Draco manteve o mesmo olhar de admiração, fascínio e choque, enquanto caminhava em minha direção mais lentamente do que eu gostaria de fato. E a cada passo mais perto, o ar se tornava rarefeito e denso, me tornando uma confusão prestes a sufocar

Sem dúvidas o loiro era e sempre seria a minha ruína.

Queria desesperadamente me jogar em seus braços, tomar seus lábios nos meus e acabar com aquela saudade infernal que eu sentia de seus toques, de seu corpo, do emaranhado simples que ele era, mas nossa relação havia sido tão superficial nos últimos dias, que eu temia me jogar de cabeça em alguém raso demais e acabar quebrando a cara.

Mantive-me na minha, mesmo que minhas estruturas balançassem só com a sua aproximação e tentei controlar a respiração ou quem sabe os nervos.

Quando ele parou perto de mim, a uma distância segura para nós dois, seu cheiro subiu em espirais, e as lembranças, todas as nossas lembranças, praticamente rodopiaram diante de meus olhos.
Soltei o ar vagarosamente, tentando me desfazer rapidamente de tudo o que ele despertava em mim, mesmo sem querer. O perigo era real, eu o sentia pulsar em minhas veias. Junto a isso, podia sentir, além de todo aquele sentimento de familiaridade, e saudade, a tensão que existia entre nós.

Na noite em que brigamos, falamos coisas demais, e querendo ou não isso gerou uma mágoa. Quase como um pequeno corte, e mesmo com ele estando ali, não tinha certeza se já estava curado. As minhas feridas daquela noite ainda estão em processo de cicatrização.

— Você está realmente linda. — Draco repetiu apesar da tensão entre nós, cortando o silêncio e mantendo aquele contato visual arrebatador. Suas íris brilhavam intensamente para mim. Entendi aquilo como um bom sinal, como se assim como as minhas, as feridas dele já tivessem ao menos parado de sangrar.