O Primo do Noivo - Dramione.

16 - O Dia Depois - Acordos e Descobertas.

Oieeee! Conforme dito nas notas de SWMOSHOD, estou postando hoje.

Desculpem a hora, mas não queria faltar com a minha palavra 💜

Obrigada por todos os comentários, votos e afins. Vocês são tudo!

Boa leitura!

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Dormir nunca foi um dos meus pontos fortes, primeiro porque eu tinha muita insônia desde muito nova, e segundo porque eu sempre achei que eu não poderia perder tanto tempo inconsciente, se existia uma vida me esperando para ser vivida. Cheia de luz, possibilidades e muita alegria pela frente, onde poderia me tornar uma mulher forte, independente e sábia. Eu sempre fui muito ativa, nunca consegui ficar parada, sem nada para fazer.

É claro que, isso foi na época que a minha liberdade não era negociável e que tudo ia bem no meu mundinho de negócios e família. Que minhas preocupações eram as farras diárias de Helena e os contratos fora do prazo para entregar. 

Mas, como nada que é bom dura, lá estava eu imersa na maior confusão de toda a minha vida. 

Encarei a foto do perfil de Draco Malfoy por longos minutos, enquanto montava na minha cabeça todo o diálogo que teríamos no dia seguinte. Eu precisava agir e rápido, pois as coisas entre bundinha e eu estavam à beira de um precipício e uma vez que pulassemos, não havia retorno. 

Era complicado ignorá-lo, entretanto. 

Draco era o tipo de homem que te fazia imaginar possibilidades infinitas sobre todos os tipos de relações. Casuais, informais, formais, fixas, desapegadas… Era um combo de todos os tipos de dates, que poderiam ter  diversos começos e fins. E eu, que sempre fui muito centrada, lógica e responsável, me via facilmente compelida a aceitar as coisas que ele me pedia, bastando o bastardo me sorrir ou piscar aqueles lindos olhos azuis demoníacos.

Quando amanheceu e os feixes de luz começaram a adentrar o quarto, eu sequer tinha pregado os olhos de forma decente, não tinha conseguido dormir mais do que três ou quatro horas seguidas, e isso podia ser visto claramente atrás de todas as camadas de maquiagem que tive que colocar para disfarçar as terríveis olheiras causadas pelo pouco sono. 

Como a boa virginiana que sou, organizei na minha cabeça tudo o que eu queria dizer a ele, tudo o que eu achava justo e coerente com a nossa situação, e com o que poderíamos fazer com as nossas atitudes para evitar mágoas e acordos desfeitos. Haveria limites entre nós, e eu até pensava em afastamento - tipo, eu mudar de sala e tudo. Não queria ser drástica a esse ponto, mas não tinha certeza das minhas forças para repeli-lo caso ocorresse o mesmo que ocorreu no elevador alguns dias atrás. Por que, convenhamos, eu não sou tão forte para conseguir resistir àquele homem.

— É só um pau. — verbalizei, tentando tirar toda a magia existente em Draco, tentando generalizar com o que ele era - apenas um pau. 

— O que é só um pau? — ouvi uma voz atrás de mim dizer, e virei-me dando de cara com Hels e sua cara amassada. Olhei cética para ela, virando-me para o espelho outra vez enquanto finalizava os botões da minha blusa. 

— O que faz acordada tão cedo? — perguntei dando um sorrisinho para o reflexo dela que me encarava completamente sonolenta. 

— Dando apoio moral a você. Não foi para isso que me mudei para este inferno? — ela disse em meio a um bocejo e então franziu as sobrancelhas. — Quem é só um pau? — tornou a perguntar me encarando como se me dissesse “você não vai me enrolar nessa”. Suspirei e virei para encará-la, olho no olho. 

— Draco. — contei, deixando meus ombros caírem. Ela deu um sorriso de lado. 

— Querida… — ela tocou minhas bochechas de forma carinhosa e sorriu para mim como se eu fosse muito ingênua em minha afirmação. — Se tem uma coisa que Draco não é, é “só um pau”! — ela fez aspas com os dedos ao repetir a minha frase. — Ele é no mínimo a floresta toda. — contou com simplicidade, piscando um olho para mim.