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5 MESES DEPOIS
Hoje é o dia em que descobriremos o sexo do bebé que carrego dentro de mim. Várias apostas foram feitas. Aaron e Emily afirmaram ter a certeza absoluta que é uma menina, já que eles os dois esperam dois meninos gémeos e querem mais uma menina para preencher o grupinho de amigos, este liderado por Aurora e Sonny, o filho mais velho de Ramsey. A minha mãe e a minha sogra, com base nos meus sintomas e na minha barriga, até mesmo na minha pele, alegam ser um menino bem gordinho e que sairá cabeludo, porque aparentemente eu e o Olivier fomos bebés cheios de cabelo. Laurent e Hugo estão divididos mas também pendem mais para o menino, enquanto Antoine e Mesut acompanham os pensamentos dos primeiros referidos e apostam as fichas todas para uma menina. O pior de tudo? No balneário do Arsenal houve mesmo aposta a dinheiro e o Bellerín disse sentir-se tão seguro de que é um menino que apostou 100€. Eu deveria ficar ofendida por a minha barriga servir de objeto de jogo, mas vou apenas levar como uma brincadeira e rir-me das reações deles.
Sentados na sala de espera do hospital, aguardando pelo momento em que a enfermeira nos chamará para irmos ter com a médica responsável por acompanhar a minha gravidez, falamos das mais variadas coisas. Giroud não tira as mãos do meu ventre e está constantemente a fazer carinhos, talvez por ter estado fora nos últimos dias em consequência dos seus compromissos futebolísticos. Ele é um pai maravilhoso para a Aurora e está tão presente e dedicado com a chegada desta criança que só me faz ter ainda mais certezas de que ele é mesmo o indicado para mim. É quase impossível eu não comparar esta gravidez com a minha primeira. Em tudo elas se diferenciam, desde a minha disposição até à forma como ela está a ser tratada. Eu tenho um enorme número de pessoas em minha volta, inúmeros tios e tias para o bebé, que também amam a Aurora com todo o seu coração, tenho o pai presente. Eu gostava que tivesse sido assim quando estava grávida da minha princesa mais velha, mas por outro lado eu não gostava, porque se tudo tivesse sido diferente, eu não teria o Oli.
— Eu gostava que fosse o Laurent o padrinho. — Confesso a Olivier aquando da sua pergunta acerca dos padrinhos. Há semanas que falamos nisso e eu nunca lhe dei uma resposta porque eu não sabia, mas agora eu tenho a certeza. — Ele é um dos teus melhores amigos, é um doce de pessoa, ajudou-nos tanto no passado e atualmente também o faz que para mim faz todo o sentido que seja ele. — O francês concorda com a cabeça e sorri amavelmente.
— Eu fico muito feliz que confies no Lolo para isso, tanto quanto eu confio. — Repouso a cabeça no seu ombro e sorrio ao sentir o seu carinho nos meus cabelos. — E estamos em acordo que a madrinha é a minha irmã?
— Claro! Nem adianta a Emily fazer birra, ela já é madrinha da Aurora. — Afirmo com clareza dado que a inglesa há uns dias ameaçou-me para ser também madrinha desta criança e eu não cedi. — A madrinha da nossa Evelyn será a Bérangère.
— Podes parar de dizer que é uma Evelyn? É um Aaron. — O jogador levanta-se e coloca-se de cócoras na minha frente, pousando as suas mãos dos lados da minha grande barriga. Para uma gravidez de apenas cinco meses, eu já tenho uma barriga consideravelmente grande e daí retiro a certeza que o bebé será tão grande quanto o pai. — Quem tem razão é o pai, não é, filho? — Rio do modo com que ele fala para a barriga e nego divertidamente com a minha cabeça. — Olha a mãe a dizer que não! Vou ter de me chatear.
